quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Inundações, uma desgraça?

Foram terríveis os efeitos do mau tempo na Grande Lisboa, Setúbal e Algarve. Registo do dia 18 de Fevereiro: 3 mortos, alguns feridos e muitos desalojados. Perigos incalculáveis e grandes prejuízos que afectaram muita gente.

Os canais de TV disputaram imagens e entrevistas, recorrendo mesmo à participação de anónimos. Gostei desta nova forma de jornalismo que as novas tecnologias proporcionam. Um vídeo amador mostrava uma jovem que saía, com esforço,pela janela do carro. Deu um salto para a vida que outras duas irmãs (e mães!) não conseguiram.

Mas a minha atenção recaíu ainda num caso simples, uma reportagem que passou na RTP. Em Setúbal, um jornalista interrogava um habitante acerca da desgraça vivida. E a resposta imediata: "Desgraça? Não, foi só uma cheia. Desgraça é em Moçambique!".

Lição de vida: é preciso relativizar as coisas...

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Amanhã é domingo


Amanhã é domingo, dia de Missa, e à lembrança veio-me um episódio passado há muitos anos em Lisboa.

Domingo de Inverno, fomos à Missa às 7 h. da tarde à igreja do Campo Grande. Muita gente para um espaço tão pequeno (ainda não tinham sido feitas obras de ampliação), havia pouca iluminação e as pessoas acotovelavam-se. Ao ofertório toquei no acólito vestido de vermelho (mais parecia um menindo de coro!) e, como pessoa bem educada, pedi desculpa.

Tudo parecia normal. mas o caso é que o dito acólito não passava de uma figura estática, uma escultura existente ao fundo da igreja...

Foi um ataque de riso e será escusado dizer que, desde aí até ao fim da Missa, foi só rir... Éramos muito novos e tudo nos divertia!...

Ramos Horta

Esta semana foi marcada pelos acontecimentos em Timor. Xanana Gusmão escapou ileso a uma emboscada e o Presidente da República foi gravemente ferido.

José Ramos Horta continua internado no Hospital em Darwin. Foi baleado, reconheceu o agressor, falou e pediu socorro. Segundo parece, foi já na ambulância que perdeu a consciência. Entretanto, tem sido sujeito a várias intervenções cirúrgicas, permanecendo em coma induzido.

Quando recuperar a consciência, muitas serão as perguntas. De certo, quererá saber onde se encontra e quanto tempo passou... Onde estou? Que dia é hoje? Todos reagimos assim depois de um acidente ou de uma operação.

Sabendo isso, os médicos apressam-se, muitas vezes, a dar aquelas informações que, nós pobres doentes, ainda meio-adormecidos mal podemos articular! Por mim, vou ficar atenta às notícias do "despertar" de Ramos Horta, esperando que os jornalistas possam satisfazer a minha curiosidade!




sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Alentejano astuto

Quando vejo algum fanfarrão, com manifesto mau feitio, implicativo e sempre disposto a criar conflitos, lembro-me de um caso verídico passado há mais de 4o anos. Foi-me contado pela minha mãe.

Um pedreiro algarvio tinha sido contratado para uma obra no Alentejo. Pessoa de má índole que todo o santo dia sarrazinava os ouvidos dos serventes, maldizendo tudo e todos, deixando no ar ameaças de tiro de espingarda. Era tenso o ambiente e os serventes andavam aborrecidos. Mas um deles teve uma ideia. Armou também em mau e reagiu ao habitual discurso do pedreiro algarvio:

- Oh homem! Você sabe lá! Uma ocasião, andava eu em Santo Estevão e, um dia "dava ar à bicicleta" na berma da estrada quando vi um gajo parado a olhar para mim. Se calhar queria roubar-me. Então, tirei um ferro da saca que trazia no selim da bicicleta e dei-lhe na cabeça. Foi em cheio, caíu logo morto. E eu fugi e nem me apanhou!

- Verdade, homem? Mas então, você é cá dos meus!

E foi assim que o fanfarrão meteu a viola no saco e deixou de se armar em mau. Referindo-se ao caso, acrescentava o pacífico alentejano: "E eu que até nem sei onde fica Santo Estevão!"

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

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Estórias de vidas, uma espécie de diário onde tudo pode acontecer...
Estórias de vidas nos registos ao acaso do quotidiano, escritos de reflexão, desabafos ou simples comentários.
Estórias de vidas, memórias do meu tempo e de outros tempos!
Estórias de vidas que se confundem com a História vivida pelo Homem no tempo e no espaço.
Estórias de vidas, realidade e ficção no tempo que passa...