sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Família Von Trapp


Na sequência da mensagem anterior, a notícia da morte de um membro da família Von Trapp. Agathe, a mais velha dos sete filhos do capitão Von Trapp, faleceu no dia 28 de Dezembro, aos 97 anos.


Deixo o registo, uma vez que tinha revisto há dias o filme. Agathe, que então vivia o encantamento do primeiro amor, fixou-se nos Estados Unidos. Das suas memórias nada sei, mas os jornais dizem que ela se mostrava muito desagradada com a imagem demasiado austera que Sound of Music deu de seu pai...


"Agathe von Trapp, a filha mais velha da família que inspirou o filme "Música no coração", morreu ontem, terça-feira, aos 97 anos, numa clínica nos arredores de Baltimore, nos Estados Unidos.

A notícia foi dada à agência AP por uma amiga de Agathe, a mais velha dos sete filhos do primeiro casamento do oficial austríaco Georg Ritter von Trapp, a família que esteve na base do filme de 1965 "Música no Coração".
Mary Louise Kane viveu 50 anos com Agathe, com a qual dirigiu um jardim de infância na paróquia católica do Sagrado Coração, em Glyndon, Maryland.

"Música no coração" foi realizado por Robert Wise e teve como protagonistas os actores Julie Andrews e Christopher Plummer. Foi galardoado com cinco óscares, entre os quais de melhor filme e melhor realizador.
Filmado em Salzburgo, na Áustria, e na Baviera, na Alemanha, o musical está em 55.º lugar na lista dos melhores filmes norte-americanos do American Film Institute e encontra-se nos arquivos históricos da Biblioteca do Congresso dos EUA."


In Jornal de Notícias, 29 de Dezembro

Sound of Music




Música no Coração, assim se designa este filme ternurento que combina com esta quadra do ano. Revi-o no dia de Natal e, uma vez mais, deliciei-me. Recordei cenas e espaços que, em 1982, tive ocasião de visitar: Salzburg, a mansão, o jardim, o lago e os Alpes...

Feliz Ano Novo!!


Poucas horas e 2010 vai acabar e com ele vão alegrias e tristezas, imprevistos e desilusões. Mas diz o povo que "rei morto, rei posto" e já outro ano prepara a sua entrada. O ritual já começou com mails, sms, telefonemas, amigos e gente anónima com desejos de boas festas. E será impressão minha ou as pessoas parecem mais cordiais nestas manifestações de simpatia?!

Mesmo caindo na banalidade, também quero deixar o meu brinde a 2011. Indispensável o champanhe ou qualquer espumante para viver a meia noite e receber o novo ano na plenitude de todos os sentidos. Olhe a cor do néctar, segure bem a taça, aproxime-a ligeiramente do nariz e aspire o perfume, depois toque-a nas taças dos seus familiares e amigos... tchim-tchim, risos e desejos que acabam num gole!...

A síntese de um momento da vida numa taça de champanhe, seja nesta passagem de ano ou numa qualquer comemoração, porque a felicidade está em ter saúde, paz e alegria. Feliz 2011 para todos!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Ode à Paz, Natália Correia


Natal, tempo de amor e fraternidade. E também tempo de paz que se quer na família, na sociedade, no mundo. Daí a lembrança desta Ode à Paz, de Natália Correia. E caso curioso, as palavras lidas soam-me como se ouvisse Natália naquele modo tão especial de sentir a poesia.



Ode à Paz

Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
Pela branda melodia do rumor dos regatos,

Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz.
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História,
deixa passar a Vida!

Natália Correia, in "Inéditos (1985/1990)"

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Adeste Fideles




É sempre com emoção que ouço "Adeste..." neste dia cheio de lembranças...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Marussia

Marussia, o nome não engana, nem a foto. Pois é, a Rússia produz agora este fabuloso carro de luxo. O povo admira-o, sonhando o dia em que há-de experimentar uma destas máquinas de 80 cavalos de potência e uma parafernália de grandes e pequenas modernices. Obstáculo único, o preço!!!

Portugal avaliado

A autoflagelação dos portugueses é por demais conhecida. A crítica supera de longe as atitudes positivas e de valorização daquilo em que somos bons. Assim sendo, nada melhor que recorrer à apreciação objectiva de estrangeiros.
Para contrariar o nosso estado depressivo, deixo alguns extractos do artigo de Alex Ellis, institulado Coisas que nunca deverão mudar em Portugal.Publicado no Expresso de sábado, o Embaixador britânico opina sobre Portugal: retrato favorável, onde transparece a diplomacia ( noblesse oblige)com um toque irónico. Compreende-se e aceita-se a simpatia, agora que está de regresso ao seu país...

"1. A ligação intergeracional. Portugal é um país onde os jovens e os velhos conversam - normalmente dentro do contexto familiar. O estatuto de avô é altíssimo na sociedade portuguesa - e ainda bem. Os portugueses respeitam a primeira a terceira idade para benefício de todos.
2. O lugar central da comida na vida diária. O almoço conta - não uma sandes comida à presssa e mal digerida, mas uma sopa , um prato quente etc, tudo comido à mesa e em companhia. (...)
3. A variedade da paisagem. Não conheço outro país onde seja possível ver tanta coisa num só dia, desde a imponência do Douro até à beleza das planícies do Alentejo, passando pelos planaltos e pela serra da Beira.
4. A tolerância. Nunca vivi num país que aceita tão bem os estrangeiros. Não é por acaso que Portugal é considerado um dos países mais abertos ao emigrantes pelo estudo internacional MIPEX.
5. O café e os cafés. Os lugares são simples. acolhedores e agradáveis; a bebida é um prazer diário, especialmente quando acompanhado por um pastel de nata quente.
6. A inocência. É difícil descrever esta ideia em poucas palavras sem parecer paternalista; mas vi meu primeiro fim de semana em Portugal, numa festa popular em Vila Real, adolescentes a a dançar danças tradicionais com uma alegria e abertura que têm, na sua raiz, uma certa inocência.
7. Um profundo espírito de independência. Olhando par ao mapa Ibérico parece estranho que Portugal continue a ser um país independente. Mas é e não é por acaso. No fundo de cada português há um espírito profundamente autónomo e independentista.
8. As mulheres. O adido de Defesa na Embaixada há 15 anos deu-me um conselho: " Jovem se quiser uma coisa para ser mesmo bem feita neste país, dê a tarefa a uma mulher. "Concordei tanto que me casei com uma portuguesa.
9. A curiosidade sobre, e o conhecimento do mundo. A influência de "lá" é evidente cá, na comida, nas artes, nos nomes. (...)
10. Que o dinheiro não é a coisa mais importante no mundo. As coisas boas de Portugal não são caras. Antes pelo contrário; nada melhor do que sair da praia ao fim da tarde e comer um peixe grelhado, acompanhado por um simples copo de vinho."

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Acontece...adeus a Carlos Pinto Coelho


Ontem a longevidade de Oscar Niemeyer e, horas depois, falo da morte inesperada. Carlos Pinto Coelho partiu. A notícia dada de supetão, pela manhã, deixava-me incrédula. Seria possível? Acontece que o coração não perdoa...

Os limites do corpo não se compadecem com o stress do quotidiano, especialmente se a vida é levada com paixão. Era assim que Carlos Pinto Coelho vivia. Angustiado e preocupado com o mundo à sua volta, não podia calar os erros e injustiças, o que fazia dele uma pessoa incómoda. Sentimento que perpassa na última entrevista à RTP na véspera da sua morte.

Uma nota para a lembrança que ofereceu à RTP, um DVD com a cerimónia da sua condecoração. Mensagem de um legado-memória: o reconhecimento público do mérito da sua carreira na televisão, na rádio, nos jornais e no ensino. E enquanto essa imagem perdurar, CPC não morre...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Oscar Niemeyer

Neste dia do ano de 1907, no Rio de Janeiro, nasceu Oscar Niemeyer. Expoente da arquitectura internacional do século XX festejou 103 anos de uma vida plena de realização pessoal. Talento e actividade que, apesar das limitações da idade, prossegue com uma vontade inabalável. E ainda bem que assim é, porque os seus admiradores desejam apreciar a concretização dos seus projectos.

Pearl Harbor




7 de Dezembro de 1941, o ataque japonês à base americana de Pearl Harbor no Pacífico. As imagens documentam o acontecimento que origina a intervenção directa do Japão na II Guerra Mundial. Conflito de destruição e mortes, marcado pelo lançamento de duas bombas atómicas, cujas consequências permaneceram para além dos acordos de paz em 1945...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Acabar, morrer...


Francisco Lacerda, músico açoriano (1869-1934) que merece ser lembrado. Fez a sua formação e carreira em França, mas nunca perdeu o gosto pelas raízes pátrias. A recolha de elementos do folclore da sua terra traduziu-se numa inspirada obra poética e musical. Palavras simples de raiz popular que exprimem sabedoria e sensibilidade.

Uma dessas trovas joga com a ideia de vida e de morte. Possivelmente um pensamento recorrente em alguém de saúde débil, um estado que o impedia de trabalhar. Só que a vida não acaba com a morte do corpo. Veja-se como...


"Quem disser que a vida acaba,
Decerto que nunca amou...
Quem deixou ficar saudades,
Não morreu, nem acabou!"

domingo, 5 de dezembro de 2010

Juanita Banana




Recordando um êxito de décadas...