segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Visitar a Albania

 
 Igreja dedicada a Madre Teresa de Calcutá
 
 
Entrada de uma mesquita em Tirana
 

Em Agosto de 2016 visitei a Albânia. Foi uma agradável surpresa que hoje recordo. O centro histórico de Tirana mantém ainda as marcas do traçado arquitectónico da Itália de Mussolini. Vestígios da II Guerra Mundial a que os técnicos  italianos dão hoje o seu contributo no restauro urbanístico. As ruas e a cor dos edifícios apaziguam  os visitantes e despertam  a curiosidade por saber mais acerca do povo onde a influência islâmica se mistura com os sinais do  cristianismo. E lá está o nome de Madre Teresa de Calcutá, canonizada em Setembro de 2016, uma filha da terra que os albaneses fazem questão de relembrar.
Depois, o grande Museu Arqueológico será obrigatório para conhecer um pouco da  Pré-História e dos tempos mais recuados até à actualidade.  Nota-se uma preocupação pela criação de espaços verdes, mas o caos no trânsito da periferia da capital revela as carências ainda existentes.  Tirana e o território em geral mantém ainda hoje milhares de bunkers que estiveram "activos" durante décadas. Hoje servem como apoio na agricultura ou na caça.
No campo as técnicas agrícolas e os transportes atiram-nos para os inícios do século XX. O pitoresco das aldeias ressalta nas  lojas e nas carroças que atravessam as ruas onde predomina a população masculina que frequenta os cafés. Nota-se a modéstia no vestuário que é sempre muito limpo e cuidado.
Em resumo, um povo muito simpático que cultiva o artesanato e procura atrair os turistas. Um país que vale a pena revisitar...

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Dubrovnik, a jóia da Croácia




Em Dubrovnik mergulha-se numa onda de turismo. Sente-se o cosmopolitismo de um espaço que, desde sempre, assumiu uma posição-charneira no Mediterrâneo. . Rival de Veneza, Dubrovnik beneficiou da riqueza do comércio marítimo. Depois, tantas vicissitudes históricas transformaram a cidade...imprimindo nos habitantes o orgulho do seu passado.
É isso que retiramos, por exemplo, dos acontecimentos da última década do século XX. Conflitos e destruição numa guerra que "exigiu" uma defesa heróica da "jóia da coroa" da Croácia.Processo de arrastamento  que levou à desagregação da Jugoslávia.



domingo, 17 de julho de 2016

Lisboa, Loja das Meias e Benetton


Fui  à  Baixa na  quinta-feira e passei pelo  Rossio. Uma bela praça no centro da cidade a que falta o glamour das lojas de outros tempos. A Loja das Meias, um local nobre da cidade, deu lugar à Benetton.  Fala-se e vende-se moda,  o mesmo sector de actividade no mesmo  local, mas já não é a mesma coisa.

A entrada da Loja das Meias funcionava como ponto de encontro.   Seguia-se uma tarde de sobe e desce pelas ruas da Baixa que, de  uma maneira  geral terminava como tinha começado, no Rossio, Porque na Loja centenária imperava o bom gosto e o requinte da moda. A  apresentação das montras convidava a entrar e, aguçava o desejo de comprar. E a tentação cumpria-se  depois .de muito  observar e experimentar aquele casaco, gabardine, vestido, saia ou  camisola... Claro que só uma  de nós era compradora, mas isso  já  satisfazia todo o grupo que ia armazenando ideias e projectos para uma outra ocasião.  E  havia ainda aquele lenço de seda, a  carteira e outros complementos para usar numa festa próxima...

Pois, hoje é ver a montra da Benetton. Totalmente despida, sem uma única peça em exposição. Imagem degradada num dos sítios mais nobres de Lisboa. No interior acumulavam-se as camisolas de  cores variadas, mas sem despertar grande desejo de  comprar...
A  apresentação desastrosa da Benetton dá pena!  E quantas saudades da Loja das Meias de antigamente,  meu Deus !...

terça-feira, 21 de junho de 2016

"Não há falta na ausência..."

Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade



Revisito com frequência a poesia de Carlos Drummond  de Andrade, que soube exprimir de maneira admirável, a diversidade de estados de alma. Hoje, invadida por uma onda de nostalgia, lembro o poema Ausência...como uma forma de sublimar a saudade de quem partiu...

quarta-feira, 15 de junho de 2016

É Primavera, naturalmente...






Num jardim mal cuidado, as flores desabrocham com naturalidade. É assim na Primavera. Desta amálgama destaco o trevo de quatro folhas. O povo atribui-lhe sorte: esperança, fé, amor e saúde...É o que todos queremos...

Pinheiros



As árvores alegram o espaço e animam-nos. Gosto de pinheiros e da sua ramagem e, por isso semeei um. Nasceu, cresceu e olhando-o identifico a sua "filiação". Decorreu muito tempo desde o dia do lançamento desses pinhões à terra. O  rigor da tecnologia da máquina fotográfica permite o registo das etapas desse crescimento e.......

Observando o pinheiro, imagino que irá sobreviver à minha partida. Será uma árvore enorme se ninguém, entretanto, não o deitar abaixo. Espero que não, que o deixem morrer de velho.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

e
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Abril de 1974 parece que foi ontem e já lá vão 42 anos. Uma data-marco que, por todas as razões, será sempre uma referência. 

Para nós, os maiores de 50 anos, será um dia para avivar memórias, recordando lugares e pessoas ao longo dessas horas vividas entre o telefone, a rádio e a televisão... Um dia que se prolongou pela noite, esperando um comunicado que confirmasse o movimento pela Liberdade. Celebrar o 25 de Abril é repassar as imagens de  utopia, tensões e confrontos, mas onde a esperança nunca se esgotou. 

Hoje recordei essa multiplicidade de momentos marcados por personalidades relevantes, lugares e situações a nível de trabalho e de atitudes de gente anónima. Memória de tanta coisa a desmentir que 1974 foi ontem, E para mais, basta recordar todos aqueles que já partiram e falar com os jovens que mal sabem ( os desconhecem mesmo) o que foi o 25 de Abril.