Um acaso feliz depois da polémica declaração de António Borges. Desta feita, uma perspectiva humanista da economia por João Duque no Expresso de ontem (caderno de Economia). Copiei o título do artigo que, pela sensibilidade e bom senso, devia ser objecto de reflexão dos nossos governantes. Alimentando a esperança de melhores dias, passo à transcrição de alguns excertos.
"Para os economistas. o valor de uma pessoa pode tentar encontrar-se de várias maneiras:através do valor actualizado, ou descontado, do seu rendimento esperado futuro; através do valor que a sociedade fará para o conservar vivo, etc...
Quando um cidadão está desempregado é comum reconhecer-se que o seu custo é o valor do subsídio que o Estado lhe paga.
Porém, o seu verdadeiro custo s´cial é muito superior.
Uma empresa, ou mesmo uma organização sem fins lucrativos não se preocupa com outros custos além do salário, encargos sobre remunerações ou condições de trabalho que tem de dispor para albergar um novo empregado.
Mas o Estado deve ter em atenção uma optica bem mais alargada e valorizar,, ainda numa análise de custo-benefício, o valor dado à estabilidade social, à segurança (ou ausência de risco) ou à felicidade que se retira de uma sociedade onde se vive sem medos, sem muros a defenderam o que é nosso, ou à ausência se armas a vigiarem a nossa noite.
Na sociedade de hoje, e perante o flagelo do desemprego e da sensação de inutilidade social, há que repensar urgentemente os modelos de "avaliação humana".
E para se tomarem finalmente decisões económicas em que não se devem perder de vista os critérios de de eficiência e bom governo, pergunto seriamente se não é tempo de se reverem os modelos usados pelos economistas e fazer-lhes incorporar outros parâmetros ainda não estudados, mas que eu temo se irão tornar, em breve, em custos evidentes...
Contabilizam os prejuízos sociais da degradação das relações e da infelicidade que resulta deste mal-estar social que se vive hoje em dia?
A destruição que poderá daí decorrer? O que perde quem não tem nada a perder?
E já que os modelos macroeconómicos usados pelo Governo se mostram tão erradamente parametrizados, não será altura de os corrigir, melhorando a sua sofisticação?
Não podem errar mais do que já erram..."
João Duque, Confusion de Confusiones, Quanto Vale um Homem?, Expresso, 29 de Setembro 2012.
"Para os economistas. o valor de uma pessoa pode tentar encontrar-se de várias maneiras:através do valor actualizado, ou descontado, do seu rendimento esperado futuro; através do valor que a sociedade fará para o conservar vivo, etc...
Quando um cidadão está desempregado é comum reconhecer-se que o seu custo é o valor do subsídio que o Estado lhe paga.
Porém, o seu verdadeiro custo s´cial é muito superior.
Uma empresa, ou mesmo uma organização sem fins lucrativos não se preocupa com outros custos além do salário, encargos sobre remunerações ou condições de trabalho que tem de dispor para albergar um novo empregado.
Mas o Estado deve ter em atenção uma optica bem mais alargada e valorizar,, ainda numa análise de custo-benefício, o valor dado à estabilidade social, à segurança (ou ausência de risco) ou à felicidade que se retira de uma sociedade onde se vive sem medos, sem muros a defenderam o que é nosso, ou à ausência se armas a vigiarem a nossa noite.
Na sociedade de hoje, e perante o flagelo do desemprego e da sensação de inutilidade social, há que repensar urgentemente os modelos de "avaliação humana".
E para se tomarem finalmente decisões económicas em que não se devem perder de vista os critérios de de eficiência e bom governo, pergunto seriamente se não é tempo de se reverem os modelos usados pelos economistas e fazer-lhes incorporar outros parâmetros ainda não estudados, mas que eu temo se irão tornar, em breve, em custos evidentes...
Contabilizam os prejuízos sociais da degradação das relações e da infelicidade que resulta deste mal-estar social que se vive hoje em dia?
A destruição que poderá daí decorrer? O que perde quem não tem nada a perder?
E já que os modelos macroeconómicos usados pelo Governo se mostram tão erradamente parametrizados, não será altura de os corrigir, melhorando a sua sofisticação?
Não podem errar mais do que já erram..."
João Duque, Confusion de Confusiones, Quanto Vale um Homem?, Expresso, 29 de Setembro 2012.
Sem comentários:
Enviar um comentário