Casar uma filha não acontece todos os dias. Aqui fica o essencial da experiência de Maria, uma amiga minha, durante os preparativos do casamento da sua única filha: pormenores, percalços vários, muito nervosismo e cansaço...
Havia que programar tudo (porque o dinheiro não estica, dizia ela) e enumerava as compras e serviços. Mobilar e decorar a casa dos noivos e organizar tudo para o grande dia. Acertar o local da festa e a decoração, escolher o menu, a música, o arranjo da igreja...Decidir a lista de convidados, distribuindo-os criteriosamente pelas mesas, sempre com a preocupação de evitar susceptibilidades... Mas houve também lugar para o riso, momentos de autêntica anedota.
Quando já exausta e obcecada por tanto "comprar e pagar", Maria teve ainda de satisfazer a filha que pretendia fazer um pequeno escritório: uma estante, secretária e cadeiras. E lá foram os noivos e os pais a um grande armazém de moveis. Espaço imenso, arrumado "por estilos", criando o cenário de uma casa ricamente decorada: maples, mesas, estantes, cadeiras...Maria arregalava os olhos, tudo semelhante às mansões dos artistas de Hollywood (como via retratado nas páginas da Hola). Não se contendo, perguntou o preço. E à resposta do vendedor, reagiu baixinho: " Ai, que me estou a sentir mal!" Afastou-se o vendedor, regressando logo com um copo de água: "Tome que lhe faz bem!"
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