A maioria das pessoas gosta de viajar. Há tempo e percursos para todos os gostos e idades. Regra geral, os jovens preferem lugares distantes e famosos pelo exotismo ou entretenimento...
No entanto, as circunstâncias nem sempre permitem "esse destino de sonho"e, então, por que não optar pelo conhecimento da nossa cidade, vila ou região?
Tenho de confessar que sou privilegiada por viver em Lisboa, onde há muito para descobrir ou revisitar. Pensava nisto na quarta-feira, ao regressar de mais uma visita que, mensalmente, a UTIL (Universidade da Terceira Idade do Lumiar) nos proporciona. Tratou-se de rever o Castelo de S. Jorge e a paisagem envolvente. Apetece-me perguntar a todos os meus amigos e conhecidos: há quanto tempo não vai ao Castelo de S. Jorge?
O dia enevoado punha em risco o principal objectivo: observar a Cidade a partir da "Torre de Ulisses". Mas, apesar disso, lá conseguimos reconhecer alguns espaços, vislumbrar alguns carros na Ponte 25 de Abril e as pessoas apressadas nas imediações de Santa Apolónia...
Muito interessante, mas incompleta e, por isso, ficou já programada nova visita, desta vez a título individual...De facto, fiquei deveras agradada com a visita. Muitos eram os turistas que deambulavam pelas encostas do Castelo, bem dispostos. Alguns sentavam-se nas esplanadas que antecedem a entrada e deliciavam-se com o fado. Parei e gostei de ouvir o fadista "sob a luz de um candeeiro estava ali o fado inteiro, pois toda ela era fado..."
Passava pouco das quatro da tarde e eu, calmamente, revia as noites no Faia, deste e outros fados cantados pelo Carlos do Carmo. Continuei o percurso e cheguei ao Largo da Igreja de Santa Cruz, igreja fechada que aguarda restauro....
O Castelo de ruas estreitas, nomes condizentes com o ambiente que aí se respira, assim é a Travessa do Recolhimento. Mais abaixo, a Igreja de Santa Luzia. Entrei e aí fui conduzida pela música que, em boa hora, nos convidava a rezar em paz connosco e com o mundo!
Do exterior, o Miradouro e a vista deslumbrante sobre a Outra Banda e Santa Apolónia.
Prossegui a caminhada: Teatro Romano, Aljube, Sé de Lisboa, Igreja de Santo António... Tantas divagações no tempo da História e no meu próprio tempo de vida. E até nem faltou a lembrança das noites de Santo António em que quase morríamos de fome se não fosse uma sardinha comida no pão no Largo de S. Miguel!
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