domingo, 26 de julho de 2009

Gripes e outros males


Como se já não bastasse, agora temos uma nova gripe. Chamaram-lhe suína mas, parce qu´il y a des choses importantes à défendre, recebeu a designação de gripe A HN1. E assim paulatinamente o receio, temor e medo tomaram conta dos portugueses que, sabendo já como prevenir o contágio, não podem, contudo, evitá-lo de todo.

Nesta campanha de prevenção divulgam-se conselhos e dicas. Ainda não me dispus a fazer a listagem dos produtos alimentares essenciais, embora tenha recebido um mail informativo acerca da necessidade de reforçar a despensa e o frigorífico. Confesso a minha resistência a alarmismos, o que não significa que, mais dia menos dia, não acabe por aceitar a sugestão...

Reabastecimento lembra açambarcamento e guerra. E, de imediato, fui conduzida para tempos passados quando os grandes flagelos eram a fome, a peste e a guerra. Por isso, diariamente se invocava a misericórdia divina: "Livrai-nos, Senhor, da fome, da peste e da guerra". É verdade que grande parte da humanidade continua a viver sob o espectro destes "três males", enquanto nós, habitantes do primeiro mundo, ignoramos os que sofrem.

Agora que a crise é global, valia a pena reflectir na divisão entre a abundância e a miséria, o consumismo e a falta de solidariedade. Quem sabe se esta pandemia não irá servir para alterar mentalidades, reanimando vontades capazes de fazer emergir um mundo novo, onde ganhem expressão novos valores. Tarefa imensa que cabe não só aos responsáveis políticos e empresariais, mas a todos os sectores da sociedade. Responsabilidade partilhada por homens e mulheres de boa vontada. Afinal, todos nós, sem excepção. Assim queiramos!..

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