Passaram quarenta anos desde que o homem pousou na Lua. Momento inesquecível que todos ou quase todos quisemos assistir em directo. Quem podia perder um acontecimento que anunciava transformar em realidade o imaginável da ficção?
Nesta onda comemorativa, gostei do tom nostálgico daqueles que viveram essa noite de 21 de Julho ( para nós, portugueses) do ano de 1969. Homens e mulheres que, contando hoje mais de 45 anos, contam essa experiência, falando dos conhecimentos astronómicos que possuíam e da reacção de familiares e amigos. Descrentes e confusos, alguns negavam a possibilidade da "ida do homem à Lua", enquanto outros teciam rasgados elogios ao poderio americano. Era a resposta ao desafio lançado pelos soviéticos em 1957 quando o Sputnik alvoroçou o Mundo. Tempo de guerra fria que a disputa entre as duas superpotências levava para um outro campo, o da "guerra das estrelas"...
Da lembrança desse dia fica-me a presença de uns primos que, não possuindo aparelho de televisão (dizia-se assim na época) "resistiram" connosco à longa noite. Imagens de fraca qualidade que José Mensurado interpretava e Eurico da Fonseca acompanhava, dissertando. Noite que chegou e sobrou para analisar a Lua em todas as vertentes: musical, literária e afectiva. Então, dizia um comentador: " Doravante já o namorado está apto a satisfazer todas as vontades da sua amada, mesmo que ela lhe peça a Lua!"
Desse dia assinalado por Neil Armstrong com "um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade", registei não só a manifestação da ciência e da técnica, mas também o pormenor. Em todo o caso, este é o "meu apontamento", um dos cerca de dois milhões de portugueses que, naquela noite, "viram" o mesmo programa televisivo.
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