Carnaval de Torres Vedras
Será consensual definir o Carnaval como um parentisis no quotidiano. Tempo de alegria, de música e dança. Foi no passado e, mesmo que mudem as manifestações, assim há-de continuar. Esquecer convenções e subverter comportamentos e atitudes num ambiente de liberdade que ninguém deve "levar a mal", porque é carnaval.
Folia aberta a toda a gente, mais activos uns e mais espectadores, outros. Mas o entretenimento e o gozo deve ser geral. As máscaras e os artefactos, as expressões verbais e os gestos numa tradução de "realidades" que, em "dias normais", diríamos insuportáveis. Momentos de escape em brincadeiras inocentes e também de catarse feita em tom de crítica social e até pessoal.
Em Portugal evoluíu-se muito nos festejos carnavalescos. Multiplicaram-se os corsos com grupos de marchantes brasileiros ou abrasileirados, tendo como padrinhos artistas de telenovela (a crise tem afastado os brasileiros ) e quase não há espaço para os mascarados espontâneos. Os custos dos cortejos aumentaram, mas para pagar lá estão as câmaras...
Definiticamente, este ano a crise atingiu-nos. Nem o Carnaval escapou ao mau tempo, prejudicando os corsos e folguedos na via pública. Prejuízo monetário e frustração para todos os que, tendo trabalhado ao longo de tantos meses, viram a sua colaboração cair por terra. É assim a vida!!
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