domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ciudad Juarez


Às vezes, a conversa de café atira-nos para assuntos mais sérios. Aconteceu assim ao debater os lugares mais perigosos do mundo. Enumeraram-se cenários de guerra e pontos negros de outras realidades que coartam a liberdade dos naturais e impedem a circulação de estranhos. Ambientes degradados e violentos onde a organização de gangs declara "declara guerra" à tranquilidade dos habitantes.

Afeganistão, Iraque, Paquistão, Colômbia, Zimbabué, Brasil, Sudão.... impossível não citar estes países que visualizamos quase diariamente nos noticiários televisivos. Imagens que, de tanto repetidas, acabam banalizadas e... assim "menos chocantes". Não quer isto dizer menos sensibilidade ao sofrimento dos outros, porque ninguém esquece que esses habitantes apenas "cometeram o crime" de viver em tais lugares. Mas sendo casos por demais conhecidos, outros existem que caíram (ou caem) no esquecimento. Lembro um deles, Ciudad Juarez no México.

Fundada em 1659 nas margens do Rio Grande, a cidade, que foi criada com o nome de El Paso, acabou repartida entre os dois países vizinhos (1848). Então, El Paso passou a designar apenas a área de soberania americana, tomando a parte mexicana a denominação de Ciudad Juárez (1888). Hoje conta mais de 2, 5 de habitantes e tornou-se o maior foco de violência e do crime do País.

Por tudo isto, é um lugar a evitar. E os seus habitantes? Como sobrevivem à cartelização do tráfico da droga e das armas? Este é o problema do cidadão honesto de Juarez que aí vive e quer continuar a viver e a educar os seus filhos...

Nota - Consultando agora as notícias referentes a Ciudad Juarez só pude confirmar o clima de insegurança e violência. Transcrevo do Google.

"CIUDAD JUAREZ, México — Governo, deputados e juízes do estado mexicano de Chihuahua (norte) vão se transferir nesta segunda-feira por tempo indeterminado para Ciudad Juárez, com o objetivo de combater de perto a violência que afeta a região e que matou sete pessoas no sábado, anunciou o governador José Reyes Baeza.
A decisão foi anunciada seis dias depois do assassinato de 15 pessoas pelo narcotráfico, um crime que provocou indignação entre a população de Ciudad Juárez (1,3 milhão de habitantes) contra as autoridades locais e federais.
A transferência dos funcionários da cidade de Chihuahua, capital estadual, para Ciudad Juárez (350 quilômetros ao norte) terá como objetivo avaliar e supervisionar aspectos relacionados principalmente à segurança, afirmou o governador e membro do PRI (Partido Revolucionário Institucional).
Reyes Baeza também pediu ao presidente mexicano, Felipe Calderón, do PAN (Partido de Ação Nacional), um apoio inicial em recursos de 230 milhões de dólares."

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