Basta um clic para acordar memórias. Mais uma vez, aconteceu esta tarde no Cais do Sodré na estação do metro. Nas paredes de azulejo que ladeiam o tapete rolante, multiplica-se a imagem de uma lebre impante na pose de animal corredor...
E isso deu para entrar na fábula da lebre e a tartaruga. Ou da lebre e o sapo-concho, como dizia a minha Professora de Instrução Primária. Os rapazes preferiam a lebre e o cágado ( às vezes tiravam o acento!). Qualquer que fosse a designação escolhida, retirava-se o mesmo efeito: a vitória do esforço e do trabalho contínuo sobre aqueles que, embora mais dotados, deixam tudo para o último momento.
A minha geração foi educada segundo os princípios desta e de outras fábulas de Esopo que, passados muitos séculos, La Fontaine retomou. Perdeu-se a tradição e as crianças de hoje desconhecem tais histórias. Facto lastimável não só pelo seu significado, mas pelo que representam em termos de desenvolvimento mental e de valores...
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