Feriado nacional. Passa hoje o 101º aniversário da implantação da República. Alterou-se o regime, mas o sistema pouco mudou. Dantes apontavam-se os gastos com a casa real, hoje temos os da Presidência da República. Pagamos uma exorbitância com a manutenção do palácio de Belém, uma fortuna diária a que havemos de somar uns "trocos" com as viagens presidenciais. A este propósito, indignava-se uma leitora de Santa Maria da Feira, Céu Mota, em carta publicada pelo Expresso no passado dia 1 de Outubro. Para apreciar, passo à transcrição.
"A notícia era discreta, sem foto, no canto inferior esquerdo de uma página "secundária" de Jornal: Cavaco Silva foi aos Açores por cinco dias com sua mulher e mais 30 pessoas. Pelo menos é este o número oficial dado a conhecer aos jornalistas, ou seja, o número que se quer passar aos portugueses. Gostava que o sr. Presidente explicasse a gente ignorante como eu porque precisa de levar consigo 12 agentes de segurança (que risco corre nas ilhas portuguesas e pacatíssimas como são as dos Açores?), o chefe da Casa Civil (mais mulherzinha), quatro assessores, dois consultores, o médico pessoal, uma enfermeira e - cúmulo do ridículo, do supérfluo, do exagero e do fútil - dois bagageiros, dois fotógrafos oficiais e um mordomo, como se nos Açores não houvesse ninguém para os receber. (Se leva 30 ali ao lado, o que fará noutras andanças? Ou viaja também em classe económica "para dar o exemplo", como Passos Coelho?) Reiterou Cavaco à chegada ao arquipélago: "Ninguém está imune aos sacrifícios". E esta hein? Podemos concluir então que, em tempo de vacas gordas, a comitiva seria de dimensões mais provocadoras...(....)"
"A notícia era discreta, sem foto, no canto inferior esquerdo de uma página "secundária" de Jornal: Cavaco Silva foi aos Açores por cinco dias com sua mulher e mais 30 pessoas. Pelo menos é este o número oficial dado a conhecer aos jornalistas, ou seja, o número que se quer passar aos portugueses. Gostava que o sr. Presidente explicasse a gente ignorante como eu porque precisa de levar consigo 12 agentes de segurança (que risco corre nas ilhas portuguesas e pacatíssimas como são as dos Açores?), o chefe da Casa Civil (mais mulherzinha), quatro assessores, dois consultores, o médico pessoal, uma enfermeira e - cúmulo do ridículo, do supérfluo, do exagero e do fútil - dois bagageiros, dois fotógrafos oficiais e um mordomo, como se nos Açores não houvesse ninguém para os receber. (Se leva 30 ali ao lado, o que fará noutras andanças? Ou viaja também em classe económica "para dar o exemplo", como Passos Coelho?) Reiterou Cavaco à chegada ao arquipélago: "Ninguém está imune aos sacrifícios". E esta hein? Podemos concluir então que, em tempo de vacas gordas, a comitiva seria de dimensões mais provocadoras...(....)"
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