Rir faz bem. E, uma vez mais, os portugueses não perderam o sentido de humor. Exemplo disso está num mail que, por estes dias, invadiu as nossa caixas de correio. Assunto, o déficit. Tema inesgotável pela diversidade e dimensão de buracos financeiros. O mail, oriundo de uma hipotética agência de viagens, convida a uma visita à Madeira para apreciar a recém-descoberta cratera. Sem comentários...
Entretanto, a dimensão "daquele" buraco cresce todos os dias. Não se sabe onde irá parar, acrescentando os mais pessimistas que existem outros buracos por destapar. Para os já conhecidos e futuros existe uma certeza: a factura ao povo pertence. Só não sabemos bem como e quando. A prometida austeridade ainda só agora começou. Resultado do despesismo que grassou por este país e do sistema financeiro internacional.
Induzida pela leitura de um livro referente aos últimos tempos do Estado Novo, concluí que já passámos por dificuldades maiores. Então, havia guerra, austeridade e também não se vislumbrava um fim à vista. Desânimo era o estado de espírito dos soldados que combatiam em África, onde os mais esclarecidos se interrogavam. "Para quê? Até quando": estas as palavras de um coronel que, em 1971, manifestava em Moçambique um claro cepticismo em relação à guerra. Hoje, salvaguardadas as devidas proporções de um país outrora em guerra, apetece-me também perguntar qual o sentido da austeridade a que estamos sujeitos. "Até quando?"...
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