Azul, amarelo, calor: é assim o Verão. E com ele chega a vontade de partir, especialmente no mês de Agosto. Em demanda do merecido descanso quase toda a gente entra nesse movimento migratório que cruza as estradas do país e atravessa mesmo a fronteira.
Dizem os media que, este ano, os portugueses preferiram as "férias cá dentro". E muito bem, porque não falta oferta para todos os gostos. A beira-mar continua a atrair, embora o campo ganhe (e bem) cada vez mais adeptos. Já outros, impedidos de sair, deixam-se ficar no local de residência e não se julgue que, por esse motivo, sejam menos felizes...
Alguém conhece verdadeiramente a localidade onde vive? Em cada cidade, vila ou aldeia existe uma riqueza em património natural e construído que merece ser apreciado. Se faltam monumentos ou museus, procure-se um sítio aprazível para fugir ao calor rigoroso dos dias quentes de Verão: um jardim, um rio, uma barragem ou uma piscina refrescam o corpo e facilitam o convívio entre residentes e visitantes. E verdade seja dita, muito têm feito os autarcas para agradar aos seus munícipes e cativar forasteiros. Alindam-se parques, equipam-se espaços desportivos e até, onde a Natureza permite, "nascem" praias fluviais...
E depois, as festas. Anunciam-se em todo o lado: procissões, fogo de artifício, arraiais, feiras e mostras de artesanato, festivais de folclore ou de cortejos de cariz económico, touradas... Festa, sempre festa, mescla de religioso e profano, simples pretexto de convívio entre "vizinhos e seus hóspedes". Fazendo gala em bem receber, as nossas gentes repetem os mesmos costumes populares, contam os mesmos ditos e lendas, realçam as manifestações artísticas e económicas da terra onde nasceram. É o "apego arreigado" às origens que assim se manifesta e há-de perdurar!
Por tudo isso, as festas tradicionais não podem acabar e sempre haverá um ou mais voluntários para gerir a boa execução de tais actos. Administradores que, em muitas localidades são chamados "juízes", assumindo-se como verdadeiros mecenas, granjeiam respeito e veneração.
Os emigrantes contam-se entre os mais entusiastas pelas festas populares, que significam o regresso nostálgico à pátria, e muitos oferecem-se mesmo como patrocinadores da organização de tais eventos. Talvez isso represente o cumprimento de uma promessa, mas também não deixa de ser mais uma manifestação pública de sucesso...
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