Domingo de Ramos, designação popular que assinala a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
De entre tantos artistas que trataram o tema, a minha opção recaiu em Giotto. Sendo uma interpretação simples e ingénua, o Artista revela já sinais de modernidade pela visão tridimensional do espaço, pelo volume e expressão das figuras.
A Igreja celebra com pompa e solenidade esta festa. De manhã, na Praça de S. Pedro decorada com oliveiras e tapetes de relva, a cerimónia teve a grandeza adequada ao espaço. Por cá, a benção dos ramos chama muitos fiéis à Missa, incluindo os não praticantes. A tradição manda guardar esses pequenos ramos até ao ano seguinte, a oliveira e uma palma que hão-de proteger a família e as suas terras.
Habituei-me, desde criança, a assinalar este Dia. E mesmo vivendo na cidade, tive a sorte de prosseguir esse ritual. Grandes ramos de oliveira colocados à porta da igreja permitem que todos disponham desse símbolo do início da semana da Páscoa...
Deste pequeno gesto do Pároco, fácil de executar, dado haver muitas e velhas oliveiras no adro da igreja, se alimenta a fé! E foi assim que numa igreja cheia, coro de gente nova e de excelentes vozes, me senti transportada a outros tempos. Será que os portugueses estão mesmo mais devotos?
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