Ouvindo os últimos títulos dos jornais fui levada a pensar nos requisitos essenciais de um político e acabei em honestidade e competência: Dois atributos que suportam todas as outras qualidades que hão-de fazer um "bom político". Tanto assim é que os demagogos, mais tarde ou mais cedo, caem em desgraça, enquanto os menos simpáticos ( mas competentes) acabam por alcançar gradualmente o reconhecimento público.
Assumo que deixei de ter paciência para ouvir os políticos. A isso me obrigaram, porque todos prometem, prometem e depois nada fazem Ou melhor, fazem o seu contrário. Em Portugal parecia tudo bem em Agosto, mas em menos de um mês tudo mudou. A gota de água caíu com a comunicação de Passos Coelho em 7 de Setembro (dia que ele terminou no Tivoli, trauteando a "Nini") que, tal como um clic, acordou o povo para o mundo real da austeridade sem esperança. Hoje, menos de três meses depois, a credibilidade do Governo, que já não era muita, entrou em queda livre...
Nunca pensei que chegássemos a este desvario governativo. A maioria destes ministros revela ignorância, impreparação, insensibilidade e falta de senso. Desse bom senso que já Descartes discorria e que, bem vistas as coisas, não abunda por aí. Ao invés, existe vaidade e soberba no discurso e na prática governativa que prima pela escassez da inteligência e preparação técnica. É o mínimo que me apetece dizer destes políticos que só olham para os seus interesses, esquecendo o País...
Aos políticos actuais e futuros aconselho, se me é permitido, mais atenção ao bem-estar dos cidadãos, mais cuidado nas palavras e nos actos. Afinal, os princípios básicos da moral, porque de valores é também esta crise.
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