Tristes correm os dias em Portugal. Inverno rigoroso como rigorosas vão as notícias que os media debitam. Austeridade, anúncio de reformas e boatos de mais impostos e novos cortes sociais. Uma ameaça apontada para os portugueses, embora nem todos sintam o mesmo peso das medidas restritivas.
Vislumbra-se um discurso político de uma "luta de classes", um confronto inter-geracional que se configura em diversos aspectos. Ambição desmedida de reformas que apontam num modelo ultra-liberal de sociedade contra tudo o que é Estado e serviços públicos. Uma imagem que, infelizmente, acaba por nem contentar todos os sectores produtivos e de comércio e serviços. Foi assim com a TSU em Setembro e deverá prosseguir nos próximos tempos...
Pensava nisto na última quinta-feira ao fazer compras em dois grandes supermercados de Lisboa. Escasso número de clientes que, de rostos carregados, miravam os preços dos produtos, escolhendo os de marca branca, mas sempre em quantidade reduzida. Na tristeza daqueles rostos lê-se o estado de depressão a que chegou o País. Foi-se a alegria, foram-se os sorrisos. Daí o desafio que lanço ao Governo, convidando-o a entrar num supermercado...uma experiência que, talvez, acorde a sensibilidade dos ministros para a qualidade de vida de muitos portugueses...
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