segunda-feira, 15 de junho de 2009

A identidade de um País


Pelo calendário passou mais um feriado nacional, o 10 de Junho. Morte do grande Poeta épico que só há pouco mais de um século a vontade dos homens quis assinalar. E quando a oposição à Monarquia ganhava foros de realidade, em 1880, nasceu a imagem de Camões republicano.

A memória do passado serviu e continua a servir objectivos políticos determinados e outros menos confessáveis. António Barreto, orador oficial nas cerimónias que tiveram Santarém como palco, discorreu sobre o significado deste Dia que tantos nomes já conheceu até ao actual: Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, um rótulo que guarda o "bem e o mal" de um País que se identifica com gente distinta e o povo anónimo. Virtudes e pecados da gente do meu país que sente os valores da terra pátria, a sua língua e costumes.

Ainda que, reconhecendo as limitações de juízos gerais e tão abstractos, vale a pena ouvir e sentir o eco da portugalidade por esse mundo além. Portugueses de várias gerações, incluindo aqueles que, apesar do tempo e das mudanças políticas, continuam a falar a língua de Camões, a venerar as tradições e os vestígios materiais da presença portuguesa...

Por coincidência ou não, o 10 de Junho deste ano de crise foi rico em eventos do género, a começar pelas "7 Maravilhas de origem Portuguesa no Mundo", monumentos em espaços que cativam a nossa sensibilidade. Retenho especialmente as imagens da Índia e daqueles homens e mulheres que, desde 1961, permanecem ligados a este país por laços de ternura que, entretanto, vão transferindo para os filhos e netos... Como o caso daquela menina que confessa falar três línguas: inglês na escola e português e concani em casa!

É em momentos destes que o orgulho de ser português reaparece, deixando falar claramente os valores da nossa identidade!
Nota: Se quiser saber mais sobre as Maravilhas de Portugal no Mundo, clic no título desta mensagem.

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