Desta vez, não foi um golpe militar que trouxe o Haiti para as primeiras páginas dos serviços noticiosos. Não, trata-se da Natureza: a força brutal de um sismo a que ninguém pode opôr-se. De grau 7 de intensidade que devastou a capital deste pequeno país das Caraíbas, deixando um rasto de destruição e morte. Réplicas contínuas acabam por transformar as ruas e edifícios num espaço fantasma de pó e escombros onde passam imagens de gente em pânico que corre por entre feridos, soterrados e cadáveres. Ninguém pode sentir-se indiferente a esses gritos lancinantes...
A pobreza geradora de miséria assume agora contornos de tragédia. Todavia, desse quadro retira-se algo que anima a nossa condição humana se olharmos para os voluntários que, trabalhando no Haiti, pagam essa ajuda com a própria vida. Missões de solidariedade que sempre me comovem, homens e mulheres de uma generosidade ilimitada que superam o medo e sacrificam o seu bem-estar em favor dos outros.
Por estes dias, o auxílio internacional mobiliza-se e agrada-me ver como também os portugueses sabem ser solidários. ONGs e Estado preparam-se para colaborar, oxalá seja proveitoso esse esforço! A bandeira do Haiti de cores fortes de liberdade remete para a esperança, um sinal de vida que o ser humano nunca perde. E os haitianos bem precisam de ânimo para acreditar que o futuro é possível!
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