As manifestações e atitudes generalizadas traduzem um sentimento de cordialidade e simpatia que, até há pouco, seria impensável. Esse ambiente emotivo saltou das ruas para as cadeias de televisão, contagiando-nos em casa.
Compreendo bem essas razões, recordada ainda do modo como reagi à passagem do Papa João Paulo II aquando da sua primeira visita a Portugal. Maio de 1982, pouco depois do desembarque no Aeroporto, o Papa entrava nas primeiras ruas de Lisboa a caminho da Igreja de Santo António. Subindo a Avenida do Brasil, inverteu para a Avenida de Roma quando o avistámos, de pé, num carro aberto (ainda não se chamava papamóvel). Do seu rosto irradiava uma tal força que, num gesto impensado, desatámos a correr. Seguíamos aquela Figura até que, cerca de cem metros depois, a Lurdes (a colega que me acompanhava) e eu parámos, rindo às gargalhadas...
Só Alguém com um carisma especial poderia desencadear uma tal reacção, um facto inesquecível e tema recorrente de conversa sempre que encontro a Lurdes!
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