À maneira de continuação da mensagem anterior não resisti a transcrever mais um excerto do Expresso. Da autoria de João Duque, uma análise comparativa entre duas gerações. Pais e filhos ou as queixas da designada "geração Deolinda"...
" A geração Deolinda queixa-se de não ter emprego, de estar na casinha dos pais, e de adiar o casamento e os filhos. Queixam-se que já é uma sorte em ir estagiar...Geração sem remuneração...
A geração de 60 queixava-se da ditadura, das cargas policiais e do lugar que os esperava depois de acabar o curso:um navio engalanado no Cais da Rocha do Conde de Óbidos directo à Guiné, Angola ou Moçambique - Guerra!
Na minha geração íamos a pé para a primária, de autocarro para o liceu, só um em cada três entrava na Universidade, carro só depois do emprego, fazíamos 16 meses de serviço militar obrigatório e levámos o FMI à saída do curso: desemprego, restrições nas saídas ao estrangeiro...Tínhamos de entrar cedo em casa ( as namoradas nunca lá punham os pés) e casa própria comprada com empréstimos a 25 anos.
A geração do Erasmus foi levada à escola de carro, depois ao secundário de carro, teve mais lugares que candidatos ao ensino superior , foi um semestre para fora de programa Erasmus, já tem carro na faculdade (queixa-se da falta de estacionamento), entra nas discotecas às duas da manhã, sai delas às sete, leva as namoradas para casa e os pais telefonam antes de entrar para saberem se já podem aparecer, querem emprego e descobrem que a vida não é tão fácil. Invejam os pais. (...) "
1 comentário:
Há tanto tempo que não vinha a este "sítio"!! E não é que até mudou de visual? ...
Fui ler "para trás" como é costume e gostei do que li.
Não posso estar mais de acordo com os comentários a esta nova geração cantada pelos "Deolinda"! tenho pena que gente da nossa geração não divulgue, sem vergonha nem medo de ser chamado "velho",as dificuldades passadas noutros tempos.
Abraço
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