Continuo a acreditar no poder da palavra de pais, de professores e de políticos. Cresci e fui educada segundo estes princípios, consciente de que destes se poderia esperar sempre uma palavra de apoio e de estímulo, de correcção e de aconselhamento. Mas infelizmente tudo mudou. Na família, na sociedade e na vida política. E onde existia responsabilização, impera hoje o laxismo, o comodismo e a estratégia calculista. Foram-se os valores, resta o deixa andar...
Estranha-se o mutismo do Presidente da República. Disso muitos falaram e continuam a opinar. Pedro Lima, colunista do caderno de Economia do Expresso de ontem, é só mais uma voz a avaliar em baixa a atitude do Presidente.
"Em tempos de amargura e desorientação, os portugueses precisavam, como do pão para a boca, de alguém que lhes transmitisse esperança, que os unisse, que arregaçasse as mangas, que lhes lembrasse que o pais já passou por muitos momentos maus e sobreviveu, que puxasse pelo melhor que que há no país. E Portugal precisava também de alguém que desse um murro na mesa e obrigasse os líderes políticos portugueses a pôr os interesses do país à frente dos interesses pessoais. E seria bom também que, com alguma regularidade alguém viesse a terreiro ( não através do Facebook ) moralizar as tropas, com um discurso claro, para que ficássemos todos com a ideia de que não estamos à deriva. Esperava-se que o Presidente da República cumprisse este papel, em vez de pedir "imaginação" à Europa para lidar com a crise. Mas não isso que tem acontecido. Até à hora do fecho desta edição o número de vozes que pedia mais acção de Cavaco Silva não parava de aumentar."
1 comentário:
Está longe de ser o presidente de que precisávamos ... mas é por certo o presidente que a maior parte dos portugueses merece : fanfarrão quando se julga protegido, cobarde quando tem de enfrentar um perigo real ...
( devo estar a ser injusta com muitos portugueses que votaram nele porque eu ... votei no Nobre e veja-se o resultado!)
Abraço
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