Faltam dois dias para o casamento e já os curiosos marcam lugar nas ruas de Londres. Acampados uns, enquanto outros continuam os preparativos para a festa que se quer de arromba. Hoje procedeu-se ao "ensaio geral" do cortejo e demais cerimónias para que nada falhe. Exige-o o protocolo e os ingleses não perdoariam se assim não acontecesse.
Os festejos assumem duas vertentes, a público-privada e a popular. Distinguindo-se naquela, o espaço da cerimónia oficial e a festa mais íntima e, por isso, mais restrita. Queremos todos assistir ao casamento. Pela Televisão ou pela Internet e alguns acreditam mesmo poder "ver tudo", salientando o facto da Família Real ter aderido às novas tecnologias.
E assim, no dia 29, à mesma hora por esse mundo além, milhões de pessoas hão-de ficar de olhos postos nos televisores ou nos monitores. À volta do acontecimento gerou-se uma expectativa difícil de satisfazer. Se fôr esse o caso, haverá sempre as imagens de rua, da festa popular que se adivinha de muito bom gosto. Ou nem tanto, depois se verá...
Sendo também consumidora destes eventos, confesso-me chocada com os gastos da Televisão pública portuguesa. Em Londres, os enviados especiais, dia a dia, dão conta dos preparativos para o grande acontecimento. Pormenores que, não sendo notícia, interessam a quem? Dá vontade de perguntar aos corpos directivos da RTP se não haverá por aí "outras coisas" mais úteis para gastar dinheiro!
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