
Do perfeito Aminão, tal como se descreve no Expresso de 14 de Maio, transcrevo um excerto da autoria do jornalista João Vieira Pereira.
"Os Aminão" são muito populares em Portugal. Possuem um elevado poder negocial fruto do mediatismo, da capacidade de lóbi ou do corporativismo. Nesta categoria caem por exemplo os gestores das maiores empresas públicas ou semipúblicas, ex-políticos (de preferência ex-ministros ) que se dedicam a gora a actividades privadas. Mas também classes inteiras como magistrados, professores ou médicos. São uma presença frequente nas televisões, jornais e rádios. O "Aminão" opina sobre o futuro do país, sobre os caminhos a seguir, os sacrifícios que são necessários fazer. Defende um Estado mais eficiente, menos gastador, com menos gente, redução das pensões, menos protecção social para os desempregados, o fim dos direitos adquiridos.
Mas a principal característica do "Aminão" é a sua capacidade camaleónica de se ajustar e fazer valer os seus ionteresses.(...)
Os "Aminão" são uma das maiores forças de bloqueio à mudança ao minarem a capacidade de se fazer reformas em Portugal. E só pensam numa coisa: "Os sacrifícios a mim não me tocam". Querem uma verdadeira medida reformista para Portugal? Acabe-se com os "Aminão".
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