Hoje a Europa põe os olhos na Grécia. Expectante nas eleições e do que daí possa resultar para o futuro de todos nós. É um sentimento de temor que ameaça confundir-se com pânico. Perigo de contágio a todos os Estados, ainda que em diferentes graus. Falhanço de um projecto para a Europa que aparece irremediavelmente dividida.
Não se vislumbram políticos corajosos e inteligentes para alimentar sinais de esperança. Só o receio do dia seguinte emerge pela ressonância dos mass media. Ameaças, opiniões e prognósticos de um destino inexorável que o coro da tragédia grega ( ou não se falasse da Grécia) comentava e vaticinava.
Enquanto isso, fixemo-nos na tragédia grega, aqui representada na imagem do Teatro do Epidauro. Por aí passavam os grandes temas do quotidiano da polis, problemas emocionais e psicológicos dos homens e dos deuses. Objecto de reflexão dos cidadãos de outrora, valores que assumiram a universalidade dos valores do homem, do confronto entre a liberdade e o destino.
Quem dera que neste regresso ao teatro grego pudesse residir a preservação da liberdade, ou seja, da Europa...
Quem dera que neste regresso ao teatro grego pudesse residir a preservação da liberdade, ou seja, da Europa...
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