quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Roses from...

"Roses from ....(o meu nome) ": assim começava um email enviado por uma amiga minha. Li e, no meu escasso Inglês, achei estranha a história. Passo a contar.

Fim de tarde de um dia de Verão, em passo ligeiro e apressado, uma senhora dirigia-se para casa, quando foi abordada por um jovem bonito, sotaque estrangeiro e que vestia um casaco a lembrar terras austríacas. Pedia ajuda, um emprego doméstico para a sua companheira e, tão delicada como o seu interlocutor, a senhora afirmou desconhecer qualquer pessoa interessada. Porém, olhando a mercearia da esquina, indicou esse local como o mais adequado para responder à procura de trabalho doméstico.

A esta sugestão retorquiu o jovem que essa ideia já ele tinha tido, mas sem sucesso. Face à negativa do merceeiro que desconhecia quem pudesse contratar uma empregada doméstica, o jovem interrogava, agora o que fazer? Quem poderia ajudá-lo?
Embora, confessando não trazer muito dinheiro, a senhora prontificava-se a abrir a carteira. Carregada com uma pasta de livros e umas rosas, atrapalhava-se à procura do porta-moedas. Então, delicadamente, o jovem pegou nas flores que devolveu depois de receber uma nota de 10 euros. Depois, agradeceu sorrindo e despediu-se com um beijo.
A senhora prosseguiu e, chegando à porta da mercearia, quis confirmar a história. Admirado, o merceeiro negou a visita e, depois, rindo comentou que a senhora, sua cliente, tinha caído no conto do vigário. Ela não negava e concluía que, apesar de tudo, tinha tido muita sorte, responsabilizando as rosas pela atitude civilizada do burlão...

A história terminava aqui, mas qualquer coisa ficava por explicar: que tinha eu a ver com tudo isto? Seria apenas uma brincadeira para testar os meus conhecimentos de Inglês? Só ficção ou um caso real?
A resposta não tardou. "Parece surreal, mas aconteceu comigo na Avenida .... a caminho de casa." E explicava que aquelas rosas tinha-lhe eu oferecido, naquela tarde de Julho, antes da partida para férias...
Caso de burla, cujo final feliz não atribuo às rosas. Acho sim que o jovem burlão se emocionou, por ver na minha amiga uma pessoa boa, atenta e pura de sentimentos que, de maneira educada, se prontificou a ajudar...

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