A vida não muda, porque a folha do calendário dita outro mês e ano. Toda a gente sabe, mas continuamos a sentir a passagem do 31 de Dezembro como um acontecimento prenunciador de coisas boas, pelo menos é esse o voto formulado.
Infelizmente a realidade nem sempre corresponde aos nossos desejos. Era nisto que pensava esta manhã quando saía de casa, recapitulando os 12 meses anteriores e as pessoas que partiram. O A. M. na força pujante da vida e no optimismo dos seus 40 anos, o Domingos que faleceu lenta e suavemente, a Margarida, vítima de Alzheimer, sucumbiu quase de repente, o F. R. na sequência de um cancro no pâncreas, o L. G., arrastando o sofrimento de uma doença prolongada e a C. que, de modo inesperado, nos deixou de luto...
Dizem os supersticiosos que a culpa foi do ano bissexto que, por norma, só traz desgraças. Não acredito, já que para 2009 também não se augura nada de muito bom. Face a tais expectativas, aconselha-se moderação nos desejos. É isso que costumo fazer, exigindo menos para que o essencial aconteça...na minha vida e na dos outros!
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