domingo, 4 de janeiro de 2009

A Mentira

Todos conhecem o Pinoquio, o menino que via crescer o nariz sempre que faltava à verdade. Ora, se tal fosse possível, vivíamos num mundo de narigudos!

O assunto ocorre na sequência de um artigo da Única de ontem, "A verdade da mentira". Mentir constitui prática comum a que ninguém escapa: grandes mentiras, outras assim, assim e ainda as mentirolas. Para todas elas apontam-se motivos vários...
A verdade mesmo reside no facto da mentira ser aceite pela sociedade. Encurtando razões, transcrevo um extracto desse artigo. Para ler e pensar...


"Somos maus a detectar mentiras"

David Smith, psiquiatra, autor de "Por que Mentimos" (ed. brasileira)

Por que mentimos? Os mentirosos habilidosos são frequentemente mais bem sucedidos na vida do que aqueles que mentem menos ou com menos eficácia. Os que são capazes de mentir melhor são geralmente mais populares, têm melhores empregos e mais sucesso com o sexo oposto. Isto acontece porque são capazes de manipular as percepções dos outros sobre si.

Há quem se queixe de que a honestidade não faz muitos amigos. Porquê? A vida social assenta em grande parte na mentira e no engano. Um pessoa honesta é, assim mais facilmente marginalizada. Se as pessoas fossem completamente honestas, a sociedade humana acabaria. Imagine como seria o mundo se todos disséssemos o que estamos a pensar.

Como podemos detectar que uma pessoa está a mentir? Em geral, somos muito maus a detectar mentiras. A melhor forma de fazê-lo é ignorar o que a pessoa está a dizer e focarmo-nos nos sinais não verbais: o seu movimento e o tom da voz. Somos, contudo, melhores a detectar mentiras inconscientemente, do que tentamos fazê-lo com consciência. Devemos, por isso, confiar na nossa intuição. "

Revista Única, 3 de Janeiro de 2009.

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