A boa notícia chegou há poucos dias: a comercialização de um novo anti-epiléptico. O Zebinix, criado e fabricado em Portugal, foi objecto de prolongados testes que demonstraram a sua eficácia. A epilepsia requer atenção e cuidados não só do paciente, mas também dos que com ele convivem. Ao longo da vida profissional fui, muitas vezes, alertada para esses casos e, felizmente, nunca tive de lidar com uma crise. Mas lembro-me bem da aflição de um colega que saiu correndo para o corredor a pedir auxílio.
Por isso, o novo medicamento, que honra a nossa indústria farmacêutica, não passou despercebido aos meios informativos, incluindo o jornal A BOLA. Afinal, este jornal não é só futebol, porque a sensibilidade existe em todo o homem de bom senso. O registo, que se segue, comprova-o.
"Primeiro medicamento português chega hoje às farmácias
Por Redacção
O primeiro medicamento de patente portuguesa começa a ser vendido esta quinta-feira nas farmácias. O Zebinix é um anti-epiléptico da farmacêutica Bial que levou 14 anos de investigação e um investimento de cerca de 300 milhões de euros.
De acordo com o presidente dos laboratórios da Bial, Luís Portela, cerca de 40 por cento dos 20 mil epilépticos portugueses poderá tomar o medicamento, mas por agora este ainda não poder ser tomado sozinho: «Nesta fase inicial, normalmente os produtos anti-epilépticos são utilizados em associação com outros anti-epilépticos (...) Mas também posso adiantar que o produto está a ser ensaiado em monoterapia e as coisas estão a correr bem», afirmou à TSF. Este novo anti-epiléptico será comparticipado em, 95 por cento pelo Estado, sendo que para os utentes com menores rendimentos, a venda será gratuita.
Os estudos da Bial mostram uma redução significativa da frequência das crises parciais em pessoas com epilepsia refractária, em combinação com outros medicamentos. O Zebinix poderá levar, ainda, a uma melhoria da qualidade de vida e à redução dos sintomas depressivos dos doentes.
08:14 - 01-04-2010"
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