terça-feira, 16 de novembro de 2010

Castanhas, maçãs e batatas...














A culpa é das "castanhas quentes e boas" que, por estes dias, chamam por nós. Castanhas e maçãs que outrora representaram a base da alimentação na Península Ibérica e nas Gálias. E tudo isso aconteceu até ao século XIX quando a cultura da batata invadiu a Europa. Explicada assim a associação de produtos diferentes, mas com idêntica funcionalidade...

A mente projecta-nos em várias direcções e, no caso presente, levou-me até aos anos 60, à oral de Antropologia Cultural e ao professor Jorge Dias. Nesse exame que mais parecia uma maieutica socrática, aprendia-se muito, coisas para nunca mais esquecer. Tal é o caso do tubérculo americano, pomme de terre, cujo nome passou a designar uma outra variedade de pomme (maçã).

Mais uma prova da complexidade cerebral. O símbolo do concreto ou como coisas simples sugerem situações e pessoas. Desta vez, a memória viva de um Professor que morreu precocemente. Jorge Dias, personalidade fascinante, que merece ser lembrado.

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