Novembro, folhas caídas de Outono. Imagens de sombra e frio que precedem o Natal. Repetição de um ciclo de vida que se configura nas estações do ano. Morrer e renascer, porque é assim a Natureza...
Encarnando em Ricado Reis, Fernando Pessoa exprime esses sentimentos...
"Nada fica. Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da humilde terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da humilde terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.
Leis feitas, estátuas vistas, odes findas
— Tudo tem cova sua. Se nós, carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, por que não elas?
Somos contos contando contos, nada."
Ricardo Reis
— Tudo tem cova sua. Se nós, carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, por que não elas?
Somos contos contando contos, nada."
Ricardo Reis
1 comentário:
Uma invocação oportuno - porque o Outono está aí e fez por estes dias anos da morte de fernando pessoa.
Um abraço
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