Uma manhã inteira não é uma coisa, mas muitas. Muda não só em intensidade de luz, crescente primeiro, para declinar depois, mas em textura, em humor, em tom e em matises, deformada pelos mil pormenores de uma estação, o calor ou ou o frio, a calmaria ou os diversos ventos, diferindo nos cheiros, nas construções feitas pelo gelo ou pela erva, nos rebentos, nas folhas ou nos ramos secos e nus. E como o dia muda, assim mudam também os seus actores: insectos, pássaros, gatos, cães, borboletas e pessoas.
John Steinbeck, O inverno do nosso descontentamento
A leitura deste excerto de Steinbeck levou-me, casualmente, até aos impressionistas...
Que me perdoem os entendidos nestas matérias!
1 comentário:
Fiquei com o apetite de voltar ao John Steinbeck. Se calhar valia a pena voltar também a Heminhway, Somerset Maugham, Thomas Mann, ...
Há dias voltei ao Agostinho da Silva e às Cartas de Inglaterra de Eça. Mas fico com "remorsos" com tudo o que quero ler de novo ... Estúpidas angústias!
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