Gosto de poesia popular. Quase sempre, uma expressão irónica e divertida de uma verdade que os mais sábios não souberam ou não quiseram assumir.
Da memória desses camponeses recolhi algumas quadras que, outrora, foram cantadas no trabalho ou em dias de festa.
Não te rias de quem chora
Que é mal que Deus ordena
Pode a roda desandar
E tu cais na mesma pena!
Lá no céu vai uma nuvem
Todos dizem: bem a vi!
Todos falam e murmuram
Ninguém olha para si!
Quem me ouvir cantar
Julgará que a vida me corre
Eu sou como o passarinho
Também canta quando morre!
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