O 11 de Setembro de 2001 marcou o Mundo,como toda a gente diz e sente!
Gerou medo e desenvolveu em nós uma atitude alarmista contra o terrorismo. Guerra declarada contra qualquer suspeita: pessoas, coisas ou situações...E desse estado de alerta permanente (mais uma palavra de conotação militar), nasceu uma fobia que assumiu (e assume) casos verdadeiramente anedóticos. Aqui ficam alguns.
Nas imediações da Avenida de Roma, em Lisboa, foi chamada a Secção de Minas e Armadilhas para desactivar uma bomba-relógio. Era grande o susto dos moradores, já que o tique-taque continuava, esperando-se o rebentamento a toda a hora. E só se restabeleceu a calma depois de todas as diligências da polícia que acabou por concluir tratar-se de um brinquedo de corda que, por distracção, tinha ido parar ao contentor do lixo!
Outro caso, aconteceu na Escola onde trabalhava. Estalou o pânico devido a um saco suspeito em cima de uma mesa da Sala dos Professores, frente à porta. E tudo isto, porque ninguém reclamava a sua posse! Passaram horas até meio da manhã do dia seguinte, quando uma professora, alheada de tanto burburinho, veio declarar, com toda a naturalidade, ter-se esquecido das suas "ricas caixas de plástico". Grande risota e logo alguém, cognominou a H.M, "a Bombista"!
Última situação. Passou-se comigo. Ao sair, de manhã para comprar pão, deparei com um tambor mesmo em frente da porta. Comentei o assunto em casa e, mais intrigada fiquei, ao regressar, pela tardinha, e o dito tambor lá continuar ainda plantado! Já um pouco nervosa, chamei o porteiro. Como de costume, o bom do senhor Paulo, ainda que muito receoso, prontificou-se a retirar com cuidado o objecto suspeito. E no dia seguinte, esclarecia-me, rindo, ter sido a Joana a autora do incidente. A minha jovem vizinha, estudante de Arquitectura, participava, na altura, na organização de uma feira de artesanato, e com a pressa tinha perdido um tambor!
Tudo se quer com peso e medida. Mas isso não significa descuidar a vigilância...
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