Dia 28 de Maio, visita da UTIL a Cascais. Objectivo: conhecer o Farol de Santa Marta, importante baluarte da costa portuguesa.
Foi muito agradável fazer a Marginal, de camioneta. A tarde ameaçava chuva, mas um Sol tímido deu-nos as boas-vindas, proporcionando-nos revisitar estes lugares que, em tempos passados, fazíamos todos os fins de semana, fosse Inverno ou Verão. Chamávamos-lhe o "passeio dos tristes", o que não correspondia à verdade, porque os jovens com tudo se divertem! Um simples passeio pelo Parque, um lanche nas Arcadas ou no Tamariz, uma ida ao Casino para jogar umas moeditas (poucas, 20 ou 30 escudos bastava) e, em certas ocasiões, uma noite na boite (hoje diz-se discoteca). Mas das boites nada resta, senão o espaço. E não só estas desapareceram; os antigos hotéis e restaurantes, onde estão?
Era nisto que pensava ao chegar a Cascais, uma terra piscatória e com um rico património histórico que, ao recusar o estatuto de cidade, soube manter a beleza calma e o porte aristocrático de uma vila acolhedora, conjugando passado com modernidade. Aí reside o encanto que lhe garante a preferência dos turistas estrangeiros e de todos nós...
Da visita ao Farol, que adorei, falarei mais tarde. Por hoje, permita-se-me mais uma nota. Refiro-me aos sinais de degradação que afectam muitas casas no percurso Lisboa-Cascais. É a crise, sabe-se, mas isso não me impede de sentir tristeza ao ver o estado de abandono e ruína em que caíram muitas das belas moradias de outrora! Algumas estão à venda. Não há quem as compre?
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