Sou muito emotiva. Por natureza, bem disposta, mas também perco a tramontana com facilidade. E aí sou terrível: fria e argumentativa, reclamo e barafusto. Penalizo-me por ser assim e, hoje, considero que, em determinados casos, o silêncio resulta mais.
Mas do que gosto é de rir. Dar uma boa gargalhada por uma anedota, um dito, uma gaffe. Tudo me faz rir: situações engraçadas pela surpresa, casos inéditos de estupidez e caricato, distracções...Casos passados com outros e comigo mesmo, porque o humor começa em nós!
Ensinaram-me que "muito riso, pouco siso" e por isso, lá fiz por aprender a controlar-me. Como toda a gente, já tive ataques de riso terríveis nos sítios e nas ocasiões mais inoportunas: numa aula, numa cerimónia e até num funeral. E porque o riso contagia, torna-se difícil disfarçar! Mas ai, como tudo parece ficar sem graça se revelarmos a causa...
Expressões como "chorar a rir", "partir-se de riso" ou "de morrer a rir" traduzem estes estados de alma que, nem sempre, são bem compreendidas pelas crianças. Há mais de trinta anos, um rapaz de 11/12 anos escreveu num teste que "Martim Moniz morreu a rir, entalado na porta do Castelo de S. Jorge" . Bem, nesse momento, quem riu, fui eu!
Um amigo, que me conhece bem, mandou-me, há muito tempo, uma fotocópia de um jornal médico, onde se enumeravam as vantagens do riso para a saúde. Totalmente de acordo! E essa nova terapêutica vingou entre nós. Hoje há "clubes de riso" e "equipas de actores cómicos" visitam os hospitais de crianças e os lares de idosos...
Por mim, continuo ainda a rir! Mas muito menos e, se não posso dar uma gargalhada, fico-me pelo sorriso... Um dia, aconselharam-me numa mensagem de telemóvel a "nunca esconder o meu sorriso" e eu cá vou tentando cumprir!...
1 comentário:
Só para dizer que tenho continuado a ler com muito prazer os teus escritos e que pertenço ao teu grupo, também gosto muito de rir, de dar uma boa gargalhada e que tiro partido de tudo para uma certa ironia e brincadeira!!
ZIA
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