Birmânia, hoje Myanmar, situa-se no sul da Ásia. Longe da Europa em tempos passados (mas lá chegaram os portugueses no século XVI ), mas quando o longe "se fez perto", continua distante.
Myanmar está na ordem do dia. Uma violenta tempestade matou e destruíu o país, deixando o povo à míngua de tudo: água, alimento, casa e outros bens essenciais. Em tempo do imediatismo informativo, estranha-se a não existência de fotos da devastação. A edição do Diário de Notícias que trata o assunto, deixa-nos a reflectir sobre o poder da imagem.
Pela imagem sentimos emoção e é pela imagem (uma só vale mais do que cem palavras) que agimos. Esse o temor dos governantes, daí proibirem o olhar de estranhos...
Deste cenário de destruição, fica apenas o registo, porventura de uma avaliação em baixa: 22.000 mortos, mais de 40.000 desaparecidos (mero eufemismo de mortos?!), mais de 1.000.000 de desalojados. Números assustadores e, mais ainda, se transpostos para a dimensão de Portugal.
Seria qualquer coisa correspondente à morte da população total de alguns concelhos, contando-se como desalojados cerca de 1/10 da população portuguesa!
Dá para pensar a realidade dos números! E nós, não dispondo de imagens da catástrofe, esquecemos o sofrimento e a fome dos outros!
1 comentário:
É dramático o que se passa na Birmânia - nome que deveriamos "impôr" para contrariar aquele que os militares lhe deram.
Aceita-se ajuda material mas socorristas, jornalistas, nem pensar.
Engraçado que, no caso da Birmânia, nunca se ouviu os Estados Unidos ameaçar de invasão por falta de democracia e de respeito pelos opositores ( mesmo que um prémio Nobel esteja há anos em prisão domiciliártia). "Hussein's" só onde há petróleo ...
Enviar um comentário