Não me canso de aplaudir a generosidade dos portugueses. Mais uma vez, o último fim de semana registou a mobilização de milhares de voluntários na campanha do Banco Alimentar. Desse número imenso de sacos distribuídos à entrada dos supermercados resultou uma colecta de géneros que superou a do ano passado. Alegremo-nos por isso.
Quando as causas merecem, o povo colabora. Basta um apelo sentido à solidariedade, tal como o da dirigente do Banco Alimentar contra a Fome. Começa aí a generosidade que a todos toca e arrasta. Pode-se dizer que o voluntariado é uma questão de cidadania que a todos respeita:inicia-se na família, educa-se na escola e continua-se ao longo da vida. Entendendo-se esse serviço de forma disciplinada e profissional em múltiplas vertentes...
Em tempos de crise aumenta a necessidade e cresce também esse espírito de gratuitidade em prol da comunidade. E dá que pensar como o esforço individual pode multiplicar-se por milhões. Dou o exemplo das eleições gerais do próximo domingo, as quais ascendem em 8 milhões de euros só com as pessoas recrutadas para as assembleias de voto. Não seria de considerar esse serviço como um acto voluntário? Essa participação é um dever de cidadania e, em meu entender, gratuito. Assim acontecia até há poucos anos!