segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Dubrovnik, a jóia da Croácia




Em Dubrovnik mergulha-se numa onda de turismo. Sente-se o cosmopolitismo de um espaço que, desde sempre, assumiu uma posição-charneira no Mediterrâneo. . Rival de Veneza, Dubrovnik beneficiou da riqueza do comércio marítimo. Depois, tantas vicissitudes históricas transformaram a cidade...imprimindo nos habitantes o orgulho do seu passado.
É isso que retiramos, por exemplo, dos acontecimentos da última década do século XX. Conflitos e destruição numa guerra que "exigiu" uma defesa heróica da "jóia da coroa" da Croácia.Processo de arrastamento  que levou à desagregação da Jugoslávia.



domingo, 17 de julho de 2016

Lisboa, Loja das Meias e Benetton


Fui  à  Baixa na  quinta-feira e passei pelo  Rossio. Uma bela praça no centro da cidade a que falta o glamour das lojas de outros tempos. A Loja das Meias, um local nobre da cidade, deu lugar à Benetton.  Fala-se e vende-se moda,  o mesmo sector de actividade no mesmo  local, mas já não é a mesma coisa.

A entrada da Loja das Meias funcionava como ponto de encontro.   Seguia-se uma tarde de sobe e desce pelas ruas da Baixa que, de  uma maneira  geral terminava como tinha começado, no Rossio, Porque na Loja centenária imperava o bom gosto e o requinte da moda. A  apresentação das montras convidava a entrar e, aguçava o desejo de comprar. E a tentação cumpria-se  depois .de muito  observar e experimentar aquele casaco, gabardine, vestido, saia ou  camisola... Claro que só uma  de nós era compradora, mas isso  já  satisfazia todo o grupo que ia armazenando ideias e projectos para uma outra ocasião.  E  havia ainda aquele lenço de seda, a  carteira e outros complementos para usar numa festa próxima...

Pois, hoje é ver a montra da Benetton. Totalmente despida, sem uma única peça em exposição. Imagem degradada num dos sítios mais nobres de Lisboa. No interior acumulavam-se as camisolas de  cores variadas, mas sem despertar grande desejo de  comprar...
A  apresentação desastrosa da Benetton dá pena!  E quantas saudades da Loja das Meias de antigamente,  meu Deus !...

terça-feira, 21 de junho de 2016

"Não há falta na ausência..."

Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade



Revisito com frequência a poesia de Carlos Drummond  de Andrade, que soube exprimir de maneira admirável, a diversidade de estados de alma. Hoje, invadida por uma onda de nostalgia, lembro o poema Ausência...como uma forma de sublimar a saudade de quem partiu...

quarta-feira, 15 de junho de 2016

É Primavera, naturalmente...






Num jardim mal cuidado, as flores desabrocham com naturalidade. É assim na Primavera. Desta amálgama destaco o trevo de quatro folhas. O povo atribui-lhe sorte: esperança, fé, amor e saúde...É o que todos queremos...

Pinheiros



As árvores alegram o espaço e animam-nos. Gosto de pinheiros e da sua ramagem e, por isso semeei um. Nasceu, cresceu e olhando-o identifico a sua "filiação". Decorreu muito tempo desde o dia do lançamento desses pinhões à terra. O  rigor da tecnologia da máquina fotográfica permite o registo das etapas desse crescimento e.......

Observando o pinheiro, imagino que irá sobreviver à minha partida. Será uma árvore enorme se ninguém, entretanto, não o deitar abaixo. Espero que não, que o deixem morrer de velho.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

e
Adicionar legenda


Abril de 1974 parece que foi ontem e já lá vão 42 anos. Uma data-marco que, por todas as razões, será sempre uma referência. 

Para nós, os maiores de 50 anos, será um dia para avivar memórias, recordando lugares e pessoas ao longo dessas horas vividas entre o telefone, a rádio e a televisão... Um dia que se prolongou pela noite, esperando um comunicado que confirmasse o movimento pela Liberdade. Celebrar o 25 de Abril é repassar as imagens de  utopia, tensões e confrontos, mas onde a esperança nunca se esgotou. 

Hoje recordei essa multiplicidade de momentos marcados por personalidades relevantes, lugares e situações a nível de trabalho e de atitudes de gente anónima. Memória de tanta coisa a desmentir que 1974 foi ontem, E para mais, basta recordar todos aqueles que já partiram e falar com os jovens que mal sabem ( os desconhecem mesmo) o que foi o 25 de Abril.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Dar pérolas a porcos

















Dar pérolas a porcos.  "Dar algo de valor a quem não o aprecia, não o compreende ou não o merece."

Uma expressão  que  entronca  a sua origem no Novo Testamento.Releia-se o evangelho de S. Mateus e aí está a prova:
"Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, para que não suceda de que eles as pisem com os pés e que, voltando-se contra vós, vos dilacerem." — Bíblia, Novo Testamento, Livro de Mateus, Capítulo 7, versículo 6.

Conhecer alguém de ginjeira


Ginjeira, uma imagem que lembra o Verão  

Coleccionar provérbios e expressões populares, um passatempo. Conhecer alguém de ginjeira: expressão que remete para a sua origem rural. Desconhece-se a origem, mas entende-se o significado...

Quando a música nos leva ao céu

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

República e Regicídio

A História remete-nos para a memória de 1 de Fevereiro. Neste dia do ano de 1890 a República ganhava expressão no teatro S. Carlos onde se fez ouvir A PORTUGUESA, o hino nascido na sequência do Ultimatum inglês.Esse seria adoptado depois como hino nacional.

 Ironia do destino, dezoito anos depois (1908) na Praça do Comércio em Lisboa ocorria o Regicídio.   D. Carlos, o monarca,  e  D. Luís Filipe, o príncípe herdeiro, tombaram na carruagem ao lado da rainha D. Amélia e do príncipe D. Manuel. Estes acontecimentos tiveram eco por toda a Europa do tempo. Representados por gravuras, onde ressaltava a figura da Rainha empunhando um ramo de flores como arma de defesa... Assumindo o trono naquelas circunstâncias trágicas, D. Manuel havia de ser o último rei de Portugal. Reinado curto, interrompido em 5 de Outubro de 1910 com a proclamação da República