terça-feira, 21 de junho de 2016

"Não há falta na ausência..."

Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade



Revisito com frequência a poesia de Carlos Drummond  de Andrade, que soube exprimir de maneira admirável, a diversidade de estados de alma. Hoje, invadida por uma onda de nostalgia, lembro o poema Ausência...como uma forma de sublimar a saudade de quem partiu...

quarta-feira, 15 de junho de 2016

É Primavera, naturalmente...






Num jardim mal cuidado, as flores desabrocham com naturalidade. É assim na Primavera. Desta amálgama destaco o trevo de quatro folhas. O povo atribui-lhe sorte: esperança, fé, amor e saúde...É o que todos queremos...

Pinheiros



As árvores alegram o espaço e animam-nos. Gosto de pinheiros e da sua ramagem e, por isso semeei um. Nasceu, cresceu e olhando-o identifico a sua "filiação". Decorreu muito tempo desde o dia do lançamento desses pinhões à terra. O  rigor da tecnologia da máquina fotográfica permite o registo das etapas desse crescimento e.......

Observando o pinheiro, imagino que irá sobreviver à minha partida. Será uma árvore enorme se ninguém, entretanto, não o deitar abaixo. Espero que não, que o deixem morrer de velho.