Bacalhau. Para os portugueses é certamente um dos peixes mais populares. Matou a fome ao povo, satisfez gente remediada e, hoje, entra cada vez mais na mesa dos ricos. Quase toda a gente gosta de bacalhau e por cá cozinha-se de "mil e uma maneiras"... e, enquanto se não esgotar a criatividade, haverá sempre mais uma e outra de o consumir.
Não fujo à regra, também gosto muito de bacalhau. De quase todas formas, mas há uma que me arrepia: o óleo de fígado de bacalhau. A explicação está na lembrança daquela colher de sopa de óleo que, durante anos e anos ( sete mais precisamente) bebia todos os Invernos. Passava-se tudo num ritual silencioso: uma colher daquele "azeite" engolido com um pedaço de pão e um gole de sopa. E tudo isto em nome das boas normas de prevenção para uma vida saudável. Mais tarde, apareceu um óleo de fígado de bacalhau com sabor a fruta, mas desse já não tomei...
Passado tanto tempo, chegou a hora de me regozijar por tal ingestão. Então, não é que o óleo de fígado de bacallhau previne a esquizofrenia! Bendito sacrifício imposto à minha geração que, talvez por isso, resiste melhor às doenças psíquicas!...
"Um ano após o início do estudo, 11 dos 40 jovens tratados com placebo desenvolveram o transtorno mental, comparados com apenas dois dos 41 jovens que começaram o ano com 12 semanas de tratamento com suplementos de óleo de peixe.
Os investigadores acreditam que o efeito benéfico no consumo regular de óleo de fígado de bacalhau na redução do risco de doença psicótica nas pessoas mais susceptíveis a serem diagnosticadas com essa patologia reside no ácido gordo ómega-3, que poderá alterar o sistema de sinalização do cérebro.
Segundo os investigadores, da Universidade de Viena, na Áustria, nenhuma outra intervenção – incluindo fármacos antipsicóticos – alcançou um efeito tão duradouro. Além disso, esse tratamento não apresentou efeitos colaterais.
«A descoberta de que o tratamento com produtos naturais pode prevenir, ou retardar, o desenvolvimento de esquizofrenia poderá significar que existem alternativas aos medicamentos antipsicóticos», adiantou Paul Amminger, coordenador do estudo. Os resultados foram publicados na revista científica Archives of General Psychiatry.
2010-02-03" In Internet