"Até os líbios e os kosovares se sentem mais felizes do que nós": o título de um artigo de um semanário dá o sinal de alarme. De facto, os portugueses encontram-se entre os mais pessimistas, ocupando o 73º lugar num conjunto de 156 países. Entre os supremamente felizes estão a Dinamarca, a Noruega e a Suíça e na cauda da lista o Togo, o Benim e a República Centro-Africana.
A culpa de tanta tristeza não está no fado, mas nas circunstâncias do País em crise. Vive-se sob o cutelo da troika com um Governo incompetente e arrogante e isso deprime-nos. O descontentamento generalizou-se a todos sectores da sociedade: jovens e velhos, cidadãos activos e reformados. Aos jovens desempregados associa-se o desepero dos funcionários públicos com a nova legislação da "requalificação" que ameaça lançar mais e mais gente no desemprego. Também o discurso político investe sobre os "velhos", particularmente da Função Pública. Cortam-lhes as pensões, porque a Caixa Geral de Aposentações está descapitalizada. Esquecem-se de explicar porquê. Não vale a pena enumerar todas as causas desta falta de fundos. Só aponto uma, o caso dos políticos e outros grupos que continuam poupados aos cortes, embora não tenham descontado para tais subvenções.
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