domingo, 24 de agosto de 2014

24 de Agosto, dia de S. Bartolomeu

As efemérides registam a memória cultural do povo. Acontecimentos, tradições, gestos e coisas que definem traços de um património cultural de uma comunidade mais ou menos alargada. Penso hoje em S. Bartolomeu e nas festas que, por esse País fora, assinalam um santo muito popular, mas cuja vida continua envolta em lenda. Diz-se que nasceu em Caná, onde ocorreu o primeiro milagre público de Jesus e que ele teria sido mesmo o noivo da boda onde o vinho faltou. É um dos 12 Apóstolos que Miguel Ângelo não se esqueceu de representar na Capela Sistina e que, ao longo dos séculos, o povo venera pelos dotes de apaziguador do demónio.

 Em Portugal o 24 de Agosto conta com inúmeros festejos contra os malefícios do demónio que, por um dia, goza da liberdade de S. Bartolomeu. Daí o dizer-se que anda o diabo à solta... De todas as mais afamadas acontecem em Esposende com as cerimónias do banho de mar das crianças e do ritual à volta à capela com um galo preto. A crença popular julga assim debelada a epilepsia e a gaquez das pobres coitadas que apanham um tremendo susto naquele forçado mergulho de mar. Ainda há que referir a crendice popular que faz recair neste dia todo o género de cataclismos naturais. Mais uma prova da acção demoníaca e por via disso um amigo meu recusa-se a viajar de avião. Daí a atenção prestada à ocorrência de tempestades que, por vezes, acontecem. Explicaram-me os entendidos que isso sucede devido à alteração de condições atmosféricas. Fica assim tudo explicado...

sábado, 12 de julho de 2014

sexta-feira, 27 de junho de 2014

800 anos de um documento em Português



Data de 27 de Junho de 1214 o mais antigo documento escrito em Português: o testamento de D. Afonso II, o Gordo. Uma língua falada e que já era utilizada por trovadores para exprimir sentimentos de amor e de mal-dizer...

Actualmente o Português   é falado um pouco por todo o mundo. Por isso, "cuidado com a Língua": tratemos de cuidar bem dela, cultivando-a com amor. Para que  possa propagar-se como árvore de bons frutos que hão-de espelhar a nossa identidade.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Dia de Camões

Luís de Camões (pintura mural
em Lisboa)
Relembra-se hoje Luís de Camões, cuja morte ocorreu em 10 de Junho de 1580. Partia desiludido, mas conformado, uma vez que ainda morria com "a Pátria", segundo a tradição. Esse era um tempo de crise política que culminou com a União Dinástica durante 60 anos... Desde então, Camóes assumiu o espírito de um povo. Lido e admirado, serviu de inspiração a todas as gerações: aos apaixonados ajudou a falar do amor que o Poeta tão soube exprimir e serviu de instrumento a facções políticas para denunciar as más práticas da governação. A oposição monárquica no século XIX fez dele republicano num clima de patriotismo que o Estado Novo havia de prosseguir. Mas as coisas mudaram. Hoje comemora-se Camões com um feriado nacional, já do Poeta pouco se fala. Oxalá a sua obra fosse revisitada pelos políticos para perceberem como os interesses pessoais se devem submeter aos valores do Povo!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Chico Buarque de Holanda

Hoje apetece recordar um êxito de Chico Buarque...

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Passos Coelho e os gastos públicos

Será verdade a existência de toda esta gente ao redor de Passos Coelho?! Que andarão a fazer? Estes não vivem acima das suas possibilidades? Então, que venha um desmentido acerca desta notícia na capa do Jornal I!! Se não, registamos mais esta contradição...

domingo, 5 de janeiro de 2014

Eusébio deixou-nos...

Quando acordei fui surpreendida pela notícia da morte de Eusébio. Nos últimos tempos não disfarçava já a grande debilidade física, mas o supunha tão próximo do fim. Para todos nós fica a memória de jogos memoráveis ao serviço da Selecção em 1966: Coreia, Inglaterra e Rússia. Então, Portugal parava à hora dos jogos e o nome de Eusébio deu volta o mundo, eternizando-o como um dos maiores futebolistas. Aliava a técnica e a força a um enorme espírito de entrega que, sem nunca ultrapassar as regras do fair-play, lhe dava a generosidade capaz para cumprimentar os adversários. Amou o seu clube e o País e, por isso, transformou-se numa espécie de talismã da Selecção. Onde quer que fosse o jogo, lá estava ele (mesmo quando a saúde escasseava ) incitando e sofrendo. Doravante resta o exemplo e a lembrança dos seus gestos...