Quando acordei fui surpreendida pela notícia da morte de Eusébio. Nos últimos tempos não disfarçava já a grande debilidade física, mas o supunha tão próximo do fim. Para todos nós fica a memória de jogos memoráveis ao serviço da Selecção em 1966: Coreia, Inglaterra e Rússia. Então, Portugal parava à hora dos jogos e o nome de Eusébio deu volta o mundo, eternizando-o como um dos maiores futebolistas.
Aliava a técnica e a força a um enorme espírito de entrega que, sem nunca ultrapassar as regras do fair-play, lhe dava a generosidade capaz para cumprimentar os adversários. Amou o seu clube e o País e, por isso, transformou-se numa espécie de talismã da Selecção. Onde quer que fosse o jogo, lá estava ele (mesmo quando a saúde escasseava ) incitando e sofrendo. Doravante resta o exemplo e a lembrança dos seus gestos...