A água é fonte de vida. Sem ela não podemos viver. Com toda a naturalidade habituámo-nos a dar e a receber um copo de água. Ricos e pobres, porque todos sentem sede. Por isso ninguém recusa um copo de água ao viajante, ao mendigo, ao doente ou ao cliente na pastelaria. Água da torneira, entenda-se. Pois isto vai mudar: Preparemo-nos para pagar. É assim na ilha de Faro e, de certo, não tarda por aí a moda. Leia-se o Diário de Notícias on line de hoje...
"Um café na praia de Faro está a cobrar 50 cêntimos por um copo de água da rede mas, apesar das reclamações de alguns clientes, a lei está do lado do proprietário, disse à Lusa fonte da ASAE.
Luís Marmelete, proprietário do snack-bar "O Pirata", situado à entrada da Ilha de Faro, cobra 50 cêntimos por um simples copo de água da torneira, há mais de um ano.
"O Estado não oferece nada a ninguém, tudo se paga, o terreno, as licenças, os alvarás, e porque é que eu sou obrigado a oferecer a água que pago? Estou aqui a tentar ganhar a vida, a prestar serviços, não sou uma entidade pública", justifica o proprietário d'"O Pirata".
No balcão, um papel escrito à mão informa os incautos de que ali a água não é grátis, mas custa 50 cêntimos, condição prévia para que a prática esteja de acordo com a lei, disse à Lusa fonte da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
A lei prevê que, mediante informação adequada ao consumidor, os estabelecimentos que prestam serviços de restauração e bebidas gozem de liberdade de fixação do preço dos produtos e bens neles servidos, uma vez que a sua atividade não se encontra submetida a qualquer regime limitador desses preços, explicou a mesma fonte.
Continuando a justificar-se, Luís Marmelete garante que este mês só por pouco não passou para o segundo escalão da tarifa da água, o que implicaria pagar quase o dobro da fatura."
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