quarta-feira, 15 de maio de 2013

Do Governo, da justiça e da solidariedade em Portugal


Não duvido da solidariedade do povo português. Vejam-se as  campanhas do Banco Alimentar que  associam velhos e novos num mesmo espírito de entreajuda. O País conhece muitas outras organizações que mitigam as  carências dos mais desfavorecidos que, infelizmente,  aumentam na proporção directa em que se reduz a classe média. 

Hoje as  instituições de solidariedade debatem-se com mais dificuldades. É mais um efeito da crise que determina uma viragem nas  redes solidárias. Agora, os velhos da família,  pais e avós, viram-se para os  filhos e netos, suportando as suas despesas. É uma questão de justiça social determinada pelo desemprego, compreende-se. Só não se aceita que o Governo pouco tenha feito pela  recuperação da economia.

Para o Governo a tábua de salvação para o déficit do Estado reside nos pensionistas e reformados. Duvido que isso resulte, porque os cortes já existentes não surtiram efeito. Serão justas estas medidas? E as pensões e subvenções daqueles que pouco ou nada descontaram? E aqueles que  recebem duas e três pensões?  Pensões douradas adquiridas vitaliciamente aos quarenta e poucos anos de idade por políticos e outras classes privilegiadas: um  escândalo conhecido por todos,  mas que  poucos se atrevem a aflorar. Não haverá por aí  um Ministro corajoso  que denuncie esta situação? Não, porque isso é cortar mordomias a estes  privilegiados que, sendo destituídos de qualquer sentido de justiça e de espírito de solidariedade, continuam a assobiar para o ar.  É por esta e por outras que o povo perdeu a confiança nesta democracia!... 

Sem comentários: