quarta-feira, 29 de maio de 2013

"Rei morto, rei posto..."


Uma declaração prévia: não percebo nada de futebol,  não sou do Benfica e nem tão pouco conheço Jorge de Jesus. Isto não significa que desconheça as polémicas desportivas. Ninguém pode ignorar o assunto dos últimos dias, porque a televisão e todos os media não falam noutra coisa:  Jorge de Jesus e sua continuidade ou saída do Benfica.

Seria fastidioso referir os elogios ao treinador que contribuiu para o crescimento do Clube nos últimos anos. Subida das receitas com a valorização de jogadores e  aumento do número de sócios e  algumas taças. E na última época, a participação do Benfica em várias frentes. A pessoa do treinador, embora caricaturado de muitas formas, parecia mais ou menos consensual  até à derrota com o Estoril.

Desde esse momento, seguiram-se dez dias alucinantes. De escândalo falavam alguns benfiquistas, enquanto o FCPorto regozijava. O mal de uns é a felicidade de outros, isto  é, ao  desânimo dos encarnados contrapunha-se a esperança,  ainda que contida, a Norte. Depois, aconteceu o que toda a gente sabe. A derrota no Porto seguida daquele jogo com o Chelsea, onde o resultado  honrou o vencido. Nessa hora, o timoneiro da nau hesitou, prometendo reflectir acerca  da continuidade na equipa. "Isso não"  foi a voz de muitos, incluindo o Presidente do Benfica e os aplausos efusivos dos adeptos, à chegada ao Aeroporto, garantiam o apoio. Esperava-se pelo último acto que, acreditava-se, havia de resultar na conquista da Taça de Portugal no último domingo. Nada disso, os últimos minutos viraram as coisas e o Guimarães venceu. 

Desde domingo até ao momento, os media alimentam o suspense sobre o futuro de Jorge Jesus.  Dos aplausos ainda recentes  resta a memória. Dessas coisas sabe também  Jose´Mourinho e outras personalidades do desporto. E não, a política é outro campo fértil em mudanças. Um fenómeno sociológico do "rei morto, rei posto", digo eu. 

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