"O exército egípcio dispersou manifestantes que tentaram tomar a televisão estatal e a polícia impediu-os de se dirigirem para o Parlamento, noticia a agência Reuters. O canal noticioso Al Arabiya havia dado conta que o edifício da televisão havia sido ocupado, mas a emissão não chegou a ser interrompida. No país, o número de mortos desta sexta-feira subiu para 18 e há ainda mais de 1100 feridos.
Segundo a Al Jazeera, os manifestantes tentaram também ocupar os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Informação, salientando que a sede do Partido Democrático Nacional (PDN), a que pertence Hosni Mubarak, foi incendiado.
Foram também incendiados pelo menos dez veículos da polícia. Nas imagens televisivas foi possível ver uma carrinha das autoridades em chamas, perto da sede da Al Jazeera no Cairo.
Os jornalistas desta estação deram conta de uma situação muito instável na capital, com o som de disparos, rebentamentos e muitos protestos, em pano de fundo, num claro desafio ao recolher obrigatório que foi alargado a todo o país. «Esta cidade não vai dormir esta noite», resumiu assim um dos jornalistas o ambiente que se vive no Cairo.-"