quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ciprestes

As condições adversas não impedem o crescimento do cipreste. Árvore de carácter forte e resistente, um prestígio que os homens honraram, tomando-o como símbolo da vida.

Das citações biblícas à representação na arte, o cipreste ocupou sempre um lugar de referência. A pintura do Renascimento retrata-o na proximidade da casa, assinalando o desejo de longevidade, uma expressão que depois haveria de ser transferida para o cemitério: sinal de vida eterna na "casa dos mortos"...

O cipreste não passou despercebido a Van Gogh que também por ele se deixou cativar. Fica a transcrição que retirei de http://www.sabercultural.com/



"Cypresses" pertence ao acervo do Metropolitan Museum of Art, em New York, USA.

Apresentado em 1890 no Salon des Indépendants, em Paris, foi pintado no fim de junho de 1889, pouco depois de Van Gogh ter começado sua reclusão de um ano numa Casa de Saúde em Saint-Rémy (Maio de 1889 a Maio de 1890).

O tema, foi considerado por ele "tão belo de linhas e de proporção como um obelisco egípcio". "Cypresses", junto com "Wheat Field with Cypresses", tinha o propósito de ser parte de uma série de pinturas com ciprestes, que iriam contrastar e equivaler às pinturas de girassóis, que Van Gogh havia pintado anteriormente em Arles. Em "Cypresses" as árvores assemelham-se a chamas; dá a impressão de que toda a pintura está se movendo. A tensão que atinge o artista expressa-se no ritmo convulsionado e febril das pinceladas que transformam árvores em chamas. A consistência da tinta usada dá relevo ao trabalho."

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