domingo, 22 de abril de 2012

Governo displicente e arrogante


Os sinais não enganam, tal como diria o tal anúncio. Da displicência e arrogância do Governo falam as medidas das duas últimas semanas. Da confusão dos subsídios de férias e Natal para funcionários públicos e pensionistas, da suspensão das reformas antecipadas, da revisão dos direitos de indemnização por despedimento, dos anunciados aumentos da água, do gás, da electricidade, da nova taxa sobre as grandes superfícies, etc, etc. Tudo "boas medidas" que, de certo, irão para "além da troika" e que recaem sempre sobre os mesmos...
Mais chocante ainda o facto do secretismo de tais medidas, à sorrelfa, porque os portugueses não merecem mais. Quanto às  "gorduras do Estado", nada se diz ou faz. Continuam as  famigeradas Fundações e as PP sem mudanças. Entretanto, anuncia-se o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa e a revisão do sistema de Segurança Social. Sobre a Justiça fala-se, mas não se vê nada.
Até agora só se vislumbra a marca do liberalismo. E se isso não bastasse, assistimos ao  tom displicente e até arrogante dos governantes,  inclusive do Primeiro-Ministro. Entre um ar  paternalista e rosto sorridente ou de fala pausada, mesmo soletrada assumem as suas parcas explicações, assim como a chamar-nos estúpidos. Valham-nos os registos televisivos para atestar tanta mentira.

Começo a estar cansada, porque não vejo grande diferença entre o actual e o anterior Governo. Em ambos, a falta de credibilidade e arrogância. Vende-se o património público,  privatizado a baixo preço, enquanto o povo aguenta a austeridade sem esperança. Estagnou a economia, sobem os impostos e a receita do Estado cai. Assim vai Portugal! Tanta  austeridade, para quê?

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